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Macaco é encontrado morto no limite dos municípios de Campos e Quissamã

O animal estava em Conde de Araruama, distrito de Quissamã. O exame que detecta febre amarela sai em 30 dias

Região
Por ASCOM
21 de fevereiro de 2018 - 15h03
Foto: divulgação

Foto: divulgação

Um macaco foi encontrado morto no último fim de semana, em Conde de Araruama, no limite dos municípios de Campos e Quissamã. O coordenador de Vigilância Ambiental, Leonardo Chagas, e a enfermeira da Vigilância em Saúde, Débora Paes; foram ao local, que estava isolado pela Guarda Municipal, e recolheram o animal. O macaco foi colocado em saco lacrado, armazenado em isopor com gelo e encaminhado para exame no Instituto Jorge Vaitsman (IJV), no Rio de Janeiro, onde será testado para a febre amarela. O resultado deve ser liberado em 30 dias.

Em todo o estado do Rio de Janeiro, 34 pessoas já morreram por causa da febre amarela. E há 77 casos da doença silvestre em humanos registrados. Os dados foram divulgados pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta terça-feira (20).

A Vigilância em Saúde de Quissamã esclarece que não há nenhum registro de caso ou suspeita de febre amarela no município. E que não há necessidade de preocupação, uma vez que a maioria da população está imunizada e a vacina continua disponível no Centro de Especialidades.

“A população não deve e nem pode manter contato com qualquer animal encontrado morto ou doente. Porque a morte de um animal pode ocorrer por causas diversas, inclusive febre amarela. Ou seja, todo o cuidado é necessário para que não exista contágio, independente da zoonose. E deixamos claro que o animal também é vítima do mosquito e não deve ser agredido ou morto pela população”, explicou o coordenador de Vigilância Ambiental.

Segundo a enfermeira Débora Paes, da Vigilância em Saúde, mais de 90% da população de Quissamã já está vacinada. Quem ainda não a tomou a dose deve procurar a Unidade de Saúde da Família (USF) mais próxima e tirar as dúvidas, ou ainda, passar por uma consulta com o médico da unidade.

“É preconizado que os menores de nove meses, os maiores de 60, pacientes com HIV, em tratamento com quimioterapia e radioterapia, portadoras de doenças autoimunes, submetidas a tratamentos com imunossupressores e com alergia grave ao ovo não devem receber a vacina. E nos casos em que a mulher está amamentando é necessário procurar informações na USF, antes de se vacinar, já que será preciso interromper a amamentação por vários dias”, esclareceu o coordenador da Vigilância em Saúde, dr. Roberto Nascimento.

Febre Amarela
O maior número de casos ocorreu em Valença, no centro-sul do estado (17), com seis mortes, seguido de Angra dos Reis, na Costa Verde, com doze casos, sendo sete óbitos. Teresópolis, na região serrana, elevou o número de casos de nove para onze, bem como o número de mortes de cinco para seis. Em seguida, aparece o município de Nova Friburgo, também na região serrana, com sete casos, sendo três óbitos.

Outros municípios em que foram registrados casos da doença são Petrópolis (um caso); Miguel Pereira (um caso e um óbito); Duas Barras (cinco casos); Rio das Flores (três casos e duas mortes); Vassouras (um caso); Paraíba do Sul (um caso e um óbito); Carmo (dois casos, uma morte); Maricá (dois casos, um óbito); Paty do Alferes (um caso); Engenheiro Paulo de Frontin (um caso, um óbito); Mangaratiba (um caso); Sumidouro (seis casos, dois óbitos), Cantagalo (cinco casos, três mortes).

Macacos
Também foi confirmada a presença do vírus da febre amarela em macacos encontrados nas cidades de Niterói, Angra dos Reis (na Ilha Grande), Barra Mansa, Valença, Miguel Pereira, Volta Redonda, Duas Barras, Paraty, Engenheiro Paulo de Frontin e Araruama.

A SES reafirmou que os macacos não são responsáveis pela transmissão da febre amarela. A doença é transmitida pela picada de mosquitos. A secretaria recomendou à população que, se encontrar macacos mortos, doentes ou com comportamento anormal (estejam afastados do grupo ou com movimentos lentos), que informe o mais rápido possível às secretarias de saúde do município ou do estado do RJ.

O órgão destacou ainda a importância de as pessoas que ainda não se vacinaram buscarem um posto de saúde para serem imunizadas.