Começa restauração de livros de registros dos cemitérios
São mais de 130 documentos, desde o ano de 1920, relativos a sepultamentos realizados nos 24 cemitérios públicos
Campos
19 de outubro de 2017 - 11h39
Único laboratório de restauração do interior do estado do Rio, o Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho deu início à recuperação dos 130 documentos relativos a sepultamentos dos 24 cemitérios públicos municipais. Nesta quarta-feira (18), parte do acervo foi transferida ao Arquivo, localizado em Tócos, na Baixada Campista, e que dispõe de um setor específico que desenvolve técnicas na área de conservação preventiva e reparadora na restauração de documentos.
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O processo vai desde a restauração dos livros até à digitalização de todo acervo. Segundo o diretor do Arquivo, Carlos Freitas, a proposta é expandir a gestão dos documentos através de um sistema de banco de dados para organizar, estruturar e distribuir as informações. A parceria entre o Arquivo e a Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca) visa uma nova composição dos documentos, modernizando, preservando e valorizando a história do município e também facilitando o trabalho da Codemca em liberações e pesquisas para cada procedimento necessário na parte de sepultamento e exumação.
— As capas são importantíssimas para Campos. Aqui representa a história das epidemias, das doenças e das enchentes. A história dos mortos é também a história da evolução — afirma a historiadora do Arquivo Público, Rafaela Machado.
Segundo o diretor da Codemca, Jorgielle de Almeida, a importância da nova organização foi identificada no início da gestão do prefeito Rafael Diniz. “Logo levantamos a necessidade de restauração. A primeira pesquisa foi na parte dos livros, onde está o histórico de todos os cemitérios. A partir daí vimos a dificuldade de consulta desses livros pela grande degradação deles. Logo pensamos no acordo de cooperação com o Arquivo Público”, pontua.
São registros com início no início do ano de 1920 e grande parte dos livros de sepultamento está deteriorada. Somente no Cemitério do Caju, o maior do interior do Estado, são mais de 30 mil túmulos. Do período da fundação do cemitério, em 1865, até 1920, os registros de sepultamentos foram perdidos. Documentos escritos com tinta esferográfica serão tratados à mão, já que necessitam de mais cuidado. As capas, por exemplo, serão tiradas, limpadas e coladas com um reforço especial por dentro, mantendo sua originalidade. Os outros podem ser levados diretamente às máquinas.
— Gosto muito dos tecidos que têm. Podem estar em condições ruins, porém é mais sensato manter a forma original. Vamos reformar o reforço da costura e depois fazer outra para cobrir – detalha Carlos Freitas.
O Arquivo Público Municipal está localizado na Estrada Sérgio Vianna Barroso, 3060, Tocos, e funciona de segunda a sexta, das 9h às 16h.
Fonte: Supcom