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Editorial: o campeão agradece a cidade

Embora campeão da Série B, Goytacaz não deve jogar a Série A em casa

Opinião
Por Coluna do Balbi
3 de outubro de 2017 - 13h39

 

Estádio Ary de Oliveira e Souza (Foto: Carlos Grevi)

Estádio Ary de Oliveira e Souza (Foto: Carlos Grevi)

Na noite de segunda-feira (2), dois dias depois de conquistar o título de campeão da segundona, o Goytacaz, que volta no ano que vem à elite do futebol do Rio, depois de um jejum de 25 anos, o clube saiu às ruas em carreata puxada por um trio-elétrico com os jogadores exibindo a taça.

A carreata foi para agradecer ao povo de Campos o apoio dado ao time. Uma atitude simpática. Ela percorreu avenidas sofisticadas como a Pelinca e ruas simples como a São Jerônimo, no Parque Rosário. Todos aplaudiram.

O Goytacaz volta à primeira divisão e terá em todos os turnos mando de campo. Só que o Ary de Oliveira e Souza não é um estádio a altura da competição. Poderíamos ter um sim, como fez a vizinha Macaé.

Mas Campos optou por um sambódromo mesmo não tendo a mínima tradição carnavalesca. Na época, alertaram que o custo da passarela do samba seria semelhante a de um estádio com capacidade de 25 mil pessoas.

Ficamos com um sambódromo sem samba e esquecemos a nossa tradição no futebol. Campos deu dois jogadores históricos para a Seleção Brasileira que foram peças chaves na conquista das Copas do mundo de 1958 e 1962.

No céu, Didi deve estar inconformado e Amarildo aqui, bem zangado!