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Um cidadão turco no Americano: Nunu está de volta ao time que o projetou

Revelado pelo alvi-negro, lateral esquerdo retorna depois de 13 anos fora do Brasil

Campos
Por Redação
16 de abril de 2017 - 0h01

img_4675Por GIRLANE RODRIGUES e ALOYSIO BALBI

Lateral-esquerdo revelado pelo Americano, Wederson Luiz da Silva Medeiros, o Nunu, está de volta a Campos. Aos 35 anos de idade, ele é o novo reforço do alvi-negro para a missão de ajudar o clube centenário a retornar à elite do futebol carioca. Com passagem por times brasileiros e 13 anos de experiência na Turquia, o atleta guarda boas recordações dos clássicos contra o Goytacaz, assim como dos tempos em que jogava bola nos campos de terra do bairro do Jóquei. Mas afirma: rivalidade entre equipes campistas, só no gramado. “Somos todos esportistas e temos que zelar pelo espetáculo dentro das quatro linhas que é o futebol”, defende Nunu, que, pela cidadania turca adquirida no tempo em que defendeu equipes do país, como o Fenerbahçe, também é chamado de Gökçek Vederson.

Como está sendo a experiência de retorno ao Americano, clube que o revelou nos anos 90? acquire lioresal Lasix online

A experiência de poder retornar a jogar futebol no Brasil e, em especial, no Americano, é a melhor possível. O Americano foi meu primeiro clube. Comecei nas escolinhas de base e logo aos 16 para 17 anos já estava jogando entre os profissionais do clube. A partir daí, me destaquei e acabei sendo contratado por outros clubes, até sair do Brasil para jogar no futebol internacional. Devo muito a este clube que tanto me ajudou na minha carreira como jogador profissional.

Você acha que o clube tem chance de voltar a brilhar nos grandes gramados do estado com esse novo elenco?

O Americano Futebol Clube é um clube centenário, de grandes vitórias e de um currículo extenso de títulos. Não podemos manter este clube na segunda divisão do Estadual. Todos os jogadores que compõem o elenco este ano sabem da responsabilidade e do objetivo que será retornar o Americano para a elite do futebol carioca. Estamos todos focados nesse objetivo e contamos com a torcida para nos ajudar e brilhar ainda mais nos gramados do estado durante esta competição.

Campos precisa de um estádio de futebol? Isto seria um fator determinante para que os clubes da nossa região voltassem à liderança das tabelas?

Campos conta hoje com um estádio, o Ary de Oliveira e Souza, que pertence ao adversário do Americano, o Goytacaz. No entanto, a diretoria alvinegra, juntamente com a diretoria do Goytacaz, visando à melhoria e engrandecimento do futebol do município – uma coisa que sempre foi marcante no cenário estadual e nacional devido aos grandes atletas que foram revelados na cidade -, se uniram para proporcionar ao torcedor a aproximação com seu time de coração. Iremos fazer nossos jogos do Campeonato Estadual 2017 em Campos, no Aryzão, e em breve estaremos com nosso novo estádio pronto para receber nossos jogos, assim como os das equipes que quiserem realizar seus jogos em um local que irá proporcionar toda estrutura e comodidade para torcedores e atletas.

Você já teve a experiência de jogar o clássico futebol campista com o Goytacaz. Fale um pouco sobre essa sadia rivalidade. purchase Antabuse

Em Campos, temos vários times de futebol. Todos contam com grandes histórias em toda sua trajetória dentro do esporte. A rivalidade entre Americano e Goytacaz é uma rivalidade sadia, que existe somente dentro de campo durante os 90 minutos. Somos todos esportistas e temos que zelar pelo espetáculo dentro das quatro linhas que é o futebol. Os torcedores têm que comparecer ao estádio para incentivar suas equipes e vibrarem somente pela vitória. É isso que faz o esporte ser benéfico, amigável e sadio para todos que estão envolvidos.

Você começou nos campinhos de futebol de bairro. Como era essa época?

Meus primeiros passos no futebol foram nos campos de terra no bairro do Jóquei. Ao mesmo tempo, aos 13 anos, comecei também nas escolinhas de futebol do Americano, no campo do Ipiranga e no campo dentro do Hipódromo do Jóquei Clube de Campos. Sempre pensei em ser jogador de futebol e me dedicava aos treinos, não perdia nenhum. Tenho ótimas lembranças dos treinadores e dos demais que jogaram comigo. Logo em seguida, fui ganhando espaço nas equipes superiores. Quando vi, já estava treinando entre os profissionais no Parque Tamandaré, no antigo Godofredo Cruz. Época muito boa, que guardo com saudades de todos que estiveram ao meu lado.

Você ainda tem projetos sociais na área do esporte para crianças e adolescentes carentes?

Infelizmente hoje não conto mais com projetos sociais. Não porque não quero, mas pela estrutura e tempo para atender da maneira que idealizo. Quero estar mais presente. Poder estar junto das crianças é muito bom e gratificante. Foi um período muito bom pra mim enquanto tive o projeto ativo.

Você já passou por alguns clubes internacionais, principalmente na Ásia, e até possui a segunda nacionalidade na Turquia. Como foi sua experiência por lá? Pretende voltar algum dia?

Minha experiência internacional foi de grande valor para mim, pessoalmente e profissionalmente. Pude conhecer diversas culturas diferentes, métodos de trabalho, pessoas e atletas que me ajudaram a crescer e amadurecer dentro do esporte. Toda a experiência serviu para um crescimento de vida. Hoje posso dizer que sou outra pessoa após esses mais de dez anos morando e jogando em outros países. Pretendo um dia voltar, pode ser para passear ou para continuar trabalhando.

Você já pensa na aposentadoria? Sonha em algum dia virar técnico de futebol?

Como perceberam, comecei muito cedo no esporte e cheguei muito rápido ao profissional. Logo estava jogando futebol entre os principais jogadores do cenário nacional e internacional. Isso me fez amadurecer muito rápido. Mas não é por isso que já penso em parar. Ainda quero jogar por mais alguns anos e poder retribuir para o Americano tudo que me foi feito, retornando o clube à primeira divisão para jogar novamente na elite do futebol do Rio. Não pensava muito nisso, mas, quem sabe um dia, após parar de jogar, passo a comandar um time como treinador?

O que está achando da seleção brasileira sob o comando do técnico Tite?

A atual seleção brasileira sob o comando do técnico Tite está tendo ótimas atuações. Vem se comportando bem dentro de campo contra os adversários e apresentando um bom futebol. O estilo de jogar diferenciado é uma das características do Professor Tite desde a época em que estava à frente do Corinthians.

O Brasil está classificado para a Copa do Mundo de 2018 na Rússia. É a única seleção que nunca deixou de participar do maior evento de futebol do mundo. Falta muito para seremos campeões por 7 a 1?

O brasileiro tem essa empolgação já pensando na participação da seleção na próxima Copa do Mundo. Estamos iniciando um trabalho em que os resultados vêm a longo prazo. Do jeito que a seleção vem atuando, pode ser que se comporte bem melhor que na última participação na Copa do Mundo.