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Fim da luta: menino Lucas Manhães morre na UTI do Hospital Ferreira Machado

O adolescente tinha leucemia e não teria recebido tratamento satisfatório na Beneficência

Campos
Por Redação
27 de março de 2017 - 15h23

lucas-manhaesO menino Lucas Manhães Vianna da Silva, que lutava contra o câncer, faleceu na tarde desta segunda-feira (27), na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Ferreira Machado (HFM). A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do hospital e também pela família. Lucas foi transferido para o HFM no dia 22 de março, após a avó, Jocielma Manhães, fazer um apelo nas redes sociais. Antes, ele estava internado no Hospital Beneficência Portuguesa onde, segundo a avó, “o menino não teria recebido o tratamento de maneira correta”.

Por telefone, a tia de Lucas, Ana Carla, afirmou que o menino morreu porque, na Beneficência Portuguesa, ele foi submetido à quimioterapia após ter contraído pneumonia. “Eles sabiam que paciente com pneumonia não poderia receber o tratamento quimioterápico, mas mesmo assim persistiram. Isso fez com que as taxas dele caíssem demais e ele ficou sem imunidade para se defender da pneumonia, que já estava grave”, declarou a tia. Nesta madrugada, Lucas teve sangramentos causados pela baixa taxa de plaquetas, o que levou a uma parada cardíaca.

O menino, de apenas 12 anos, order lioresal foi diagnosticado com leucemia linfoide aguda há 10 meses. Desde então, ele vinha sendo tratado no Hospital Beneficência Portuguesa, considerado referência no tratamento oncológico infantil em Campos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, o protocolo precisou ser interrompido diversas vezes devido à falta de leitos e de medicamentos e dos problemas citados acima pelos familiares.

Na semana passada, a avó de Lucas fez um apelo nas redes sociais para conseguir um leito de UTI porque o menino contraiu pneumonia e necessitava de tratamento emergencial. O pedido gerou uma grande mobilização nas redes sociais e, dias depois, buy nolvadex online Antabuse online o HFM disponibilizou uma vaga para Lucas. A partir disso, a família pediu para que a população de Campos doasse sangue urgentemente, porque Lucas precisava transfundir sangue e plaquetas a cada 12 horas devido à gravidade do seu quadro. Junto ao pedido, a família afirmava que a medula óssea de Lucas não produzia mais células defensivas por causa de “erros médicos”.

A família também estava lutando para transferir o menino para o REio de Janeiro, onde daria prosseguimento ao tratamento de leucemia. Os familiares estavam em contato com a Secretaria de Saúde para realizar a transferência, mas precisavam aguardar 15 dias para efetivar a internação.

Sempre respeitando o princípio do contraditório, a equipe de reportagem do Jornal Terceira Via entrou em contato por telefone e por e-mail com o Hospital Beneficência Portuguesa, mas até o momento não obteve resposta. Ainda assim, o jornal aguarda e publicará a outra versão para este fato.