Familiares de policiais militares protestam em frente ao 8º BPM na manhã desta sexta-feira (10). Pelo menos 10 pessoas bloqueiam o portão principal da unidade, na rua Tenente Coronel Cardoso, a antiga Formosa, no centro de Campos. Com cartazes, o grupo reivindica pagamento do 13º salário e melhores condições de trabalho para os parentes que integram a corporação.
“(Queremos) mais segurança para eles, por conta de coletes vencidos, viatura sucateadas. E no mais, nós não queremos causar caos na cidade, queremos reivindicar nossos direitos e que sejamos atendidas”, afirmou a psicóloga Vanessa Dias, que é esposa de um subtenente.
A Polícia Militar (PM) bloqueou o acesso dos manifestantes à rua Dr. Oliveira Botelho, onde há um segundo portão, por onde as viaturas continuam saindo para patrulhamento. Mas, os manifestantes já afirmaram que vão bloquear também esta saída a partir das 12h.
“No momento, só estamos fechando este portão (da rua Tentente Coronel Cardoso) como forma de manifestação pacífica. As viaturas estão saindo normalmente. Mas, a partir das 12h, vamos fechar o outro portão lá atrás (da rua Dr. Oliveira Botelho)”, garantiu Vanessa.
Apesar das informações de que haveria, nesta sexta-feira, manifestações de familiares de policiais militares em batalhões do Estado do Rio de Janeiro, o dia amanheceu tranquilo em Campos. A troca de turno dos militares aconteceu normalmente e nenhuma movimentação de parentes havia sido registrada nas primeiras horas do dia.
O comandante do 8º BPM, tenente-coronel Fabiano Santos, garantiu que “as viaturas continuam patrulhando normalmente” e tranquilizou a população campista: “O policiamento será executado mesmo com as manifestações nas frentes do batalhões. As pessoas querem se manifestar, é um direito que elas têm, mas não podem atrapalhar o nosso policiamento. O comandos da corporação, do batalhão e de área estão tomando medidas para que a população não seja afetada”.
Santos falou, ainda, sobre os rumores de paralisação da PM que circularam pelas redes sociais e programas de mensagem, levando comerciantes a protegerem vitrines e portas com tapumes e retirarem mercadorias de suas lojas.
“Apesar de nós estarmos falando que a PM não vai parar, entendemos a precaução de lojistas devido às coisas que estavam viralizando nas redes sociais e acontecendo em outros estados. Aconselho que as pessoas continuem saindo, continuem tendo sua vida normal, pois o policiamento vai ser mantido”, finalizou.
A equipe de reportagem da Terceira Via vai acompanhar durante todo o dia a movimentação e trazer todas as informações por meio dos nossos canais de comunicação.