Queda da receita, aumento do endividamento, perigosa situação de gastos com a folha de pagamento. Esse é o quadro econômico da prefeitura de Campos, traçado pelo economista Ranulfo Vidigal, mestre em políticas públicas pela UFRJ que somado a recessão pode ser uma mistura explosiva para o governo Rafael Diniz.
Vidigal fez essa avaliação após observar os números publicados no Diário Oficial de Campos nesta segunda-feira (06/02), referente ao Relatório de Gestão do governo anterior.
O relatório mostra que 53,82% da receita do município foram gastos com a folha de pagamento quando o limite máximo é 54%.
– O limite prudencial é 51,3%. Chegamos à conclusão de que esse percentual tende a aumenta na mesma intensidade que a receita vai cair. É algo muito perigoso. O prefeito Rafael terá que chamar o Sindicato, os servidores para uma conversa madura. Estamos em um ponto crítico – disse Vidigal.
O economista acrescentou que saltou aos olhos a chamada Dívida Consolidada do governo passado que em 2015 era de R$ 744 milhões e em 2016 foi acrescida de mais R$ 130 milhões.
– Também fiquei impressionado com o uso de recurso do Fundo de Previdência que em 2015 era de R 1,2 bilhões e caiu para R$ 800 milhões, com o uso de R$ 400 milhões, debilitando a previdência- afirmou.
Para o economista Rafael Diniz terá que ser candidato a equilibrista do ano para enfrentar essa situação.
– Ele não deve pensar em aumentar impostos. Terá que provar que sabe fazer mais com menos. Ai, terá o apoio do conjunto a sociedade e em seguida sim, captar mais arrecadação.