A greve dos caminhoneiros que já dura quatro dias na região começou a afetar os municípios do Norte Fluminense.
De acordo com uma nota divulgada, o estabelecimento comercial que fornece combustível ao município está com o estoque mínimo, podendo acabar a qualquer momento. Ainda de acordo com a nota, os serviços essenciais ligados ao Resgate e às ambulâncias da Secretaria Municipal de Saúde serão priorizados, garantindo o atendimento à população.
Caso a paralisação continue, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura poderá nas próximas horas informar o cancelamento das aulas, bem como a Secretaria Municipal de Transporte, que terá suas atividades normais interferidas, consequência direta da greve.
Além disso, diversas outras secretarias também serão afetadas, como por exemplo, o atendimento no Centro de Convivência da Terceira Idade Nágme Jorge Abílio, da Secretaria Municipal de Trabalho e Desenvolvimento Humano.
De acordo com o caminhoneiro Robson Carlos Manhães de Souza, a redução que a Petrobras anunciou na última terça-feira (22), de cinco centavos por litro, é “motivo de risada”. “É uma redução insignificante e que não causa muito impacto no gasto que temos com combustíveis. Nossa reivindicação continua sendo um preço do óleo diesel que nos seja acessível, o que seria em torno de R$ 2,5, além de outros pontos que precisam de melhoria”, disse o caminhoneiro.
No entanto, a Petrobras anunciou nesta quarta-feira (23), pelo segundo dia consecutivo, redução nos preços da gasolina e do diesel em suas refinarias. A partir de amanhã (24), o preço da gasolina cairá 0,62% e custará R$ 2,0306 o litro. O preço do diesel terá redução de 1,15% e passará a custar R$ 2,3083, de acordo com a estatal.
Em dois dias, as quedas acumuladas chegam a 2,69% para a gasolina e a 2,67% para o diesel. Apesar disso, a gasolina acumula altas de 12,95%, em maio, e de 16,76% em um mês. O diesel soma aumentos de 9,34%, em maio, e de 15,16% em um mês.
O alto valor do preço do combustível é o principal motivo para a manifestação nacional dos caminhoneiros, que começou no final da noite de domingo (20).
Outras reivindicações — A categoria ainda espera do governo outras concessões: proibição da cobrança do pedágio de eixos suspensos em todas as rodovias do Brasil; combate à corrupção nas balanças e fim da multa de evasão de balança no valor de R$ 5mil.