Tombado pelo Instituto do PatrimA?nio HistA?rico e ArtA�stico Nacional (Iphan), o Solar BarA?o de Carapebus ou Solar Santo AntA?nio, situado na Avenida 28 de MarA�o, agoniza. A infraestrutura do prA�dio, construA�do em 1846, estA? em condiA�A�es precA?rias; tanto que, adentrar o espaA�o A� correr risco. A conjuntura se torna ainda mais preocupante uma vez que o Asilo Nossa Senhora do Carmo funciona em um imA?vel anexo ao Solar; isso significa que, tanto os idosos abrigados ali, quanto os colaboradores e voluntA?rios estA?o em perigo constante. Acontece que os recursos necessA?rios para a realizaA�A?o das obras emergenciais foi liberado pelo Iphan desde 2015, mas para que as intervenA�A�es aconteA�am, os 60 idosos residentes precisam ser transferidos. Em tese, essa tarefa seria de responsabilidade da Prefeitura de Campos, no entanto, mesmo passados quatro anos, a administraA�A?o ainda nA?o apresentou um local adequado para alocA?-los.
A liberaA�A?o da verba por parte do Instituto ocorreu apA?s exigA?ncia do MinistA�rio PA?blico que atestou a extrema necessidade de restauraA�A?o. Isso em 2014 e 2015. A� A�poca, o Iphan liberou R$ 1,325 milhA?o a�� quantia que foi recolhida em funA�A?o da impossibilidade de promover as intervenA�A�es enquanto os idosos estivessem no prA�dio anexo. No ano passado, o Instituto incluiu novamente as obras em seu plano de aA�A?o, desta vez com valor reajustado: R$ 1,5 milhA?o prontos para serem aplicados no prA�dio histA?rico, patrimA?nio de Campos e do Brasil. Mas os idosos permanecem no local, impedindo a restaura- A�A?o e expostos ao perigo de desabamento.
O diretor do Asilo do Carmo, AndrA� AraA?jo, esclareceu que essa quantia nA?o passa pelas mA?os dos administradores da instituiA�A?o a�� A� o Iphan que arrecada, distribui e fiscaliza. a�?O benefA�cio que essa obra trarA? para os idosos A� indireto. A estrutura do anexo serA? a mesma, mas, apA?s as obras no Solar, o risco de prejudicar ambas as construA�A�es serA? extintoa�?, explicou.
Questionado quanto ao impasse na transferA?ncia dos abrigados, AndrA� declara que hA? local, mas nA?o hA? iniciativa: a�?Chegamos a cogitar a possibilidade de solicitar ao ExA�rcito a montagem de um Hospital de Campanha, mas isso sA? poderia acontecer em casos extremos, o que nA?o A� o caso. HA? alguns prA�dios em Campos que poderiam abrigar os idosos, contudo, algumas adaptaA�A�es precisariam ser feitas e eu penso que esse A� o motivo de tamanho obstA?culoa�?, afirmou.
Na A?ltima quarta-feira, o Iphan encaminhou um ofA�cio para a prefeitura indagando a respeito da remoA�A?o dos idosos; na prA?xima terA�a-feira, dia 5, A�s 14h, acontecerA? uma audiA?ncia no MinistA�rio PA?blico com a presenA�a de representantes do Asilo, do Instituto e da administraA�A?o municipal, a fim de chegarem a um consenso.
Em nota, a Prefeitura de Campos declarou que “o municA�pio nA?o possui responsabilidade legal de providenciar um outro local para abrigar os idosos assistidos pelo asilo”, mas “entende ser de extrema importA?ncia dar este suporte e tem buscado um local adequado para abrigar os assistidos”. A administraA�A?o informou ainda que “reuniA�es tA?m sido realizadas para que sejam analisadas as opA�A�es de locais que possam atender A�s necessidades dos idosos”.
A restauraA�A?o
A previsA?o para a realizaA�A?o dos serviA�os emergenciais de estabilizaA�A?o do Solar A� de cinco meses. As etapas do processo exigem a utilizaA�A?o de produtos quA�micos para descupinizaA�A?o por 45 dias, alA�m de implantaA�A?o de canteiro de obra; demoliA�A�es; remoA�A?o de materiais deteriorados como madeiras e revestimento das alvenarias; execuA�A?o de proteA�A�es do forro e piso; recuperaA�A?o estrutural da cobertura; escoramentos e consolidaA�A?o de revestimentos. Esses serviA�os podem ser prejudiciais A� saA?de dos idosos. O processo licitatA?rio ainda nA?o foi realizado.