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Alunos de escola municipal no Jardim Carioca estão sem aulas há 15 dias por falta de infraestrutura

Cerca de 900 crianças e adolescentes estudaram em local improvisado por cerca de três anos; veja vídeo

Campos
Por Redação
22 de março de 2018 - 16h59

Galpão improvisado abriga alunos da Escola Municipal Luiz Sobral (Foto: reprodução)

Há cerca de três anos, ainda na gestão da prefeita Rosinha Garotinho, os alunos da Escola Municipal Luiz Sobral, no Jardim Carioca, foram transferidos para um galpão, para que a unidade escolar fosse reformada. Entre idas e vindas, a obra até hoje não foi concluída e os pais reclamam que o local para onde os estudantes foram levados está pior do que o antigo prédio interditado para melhorias. Há 15 dias, as crianças e adolescentes do 1º ao 9º ano estão sem aula por causa de problemas na infraestrutura, que se agravaram: fiação exposta, forro caindo, salas pequenas e lotadas. O galpão abriga cerca de 900 alunos divididos entre os turnos da manhã, da tarde e da noite

Bianca Lyra dos Santos tem três filhos entre 4 e 8 anos que deveriam ter aulas regulares no galpão de uma antiga fábrica que, há cerca de três anos, foi improvisado para receber os alunos. Segundo ela, a situação foi se agravando e os estudantes, no momento, estão parados.

“A reforma da escola não acaba nunca e, enquanto isso, nossos filhos estão espremidos em um prédio sem qualquer infraestrutura para acolhê-los. As salas são quentes e já não comportam o número de alunos. Forro caindo e fiação exposta são apenas alguns dos problemas”, denunciou a mãe.

Cansada de esperar pela conclusão da reforma, Suely Rodrigues transferiu o filho para o Centro Educacional 29 de Maio. “Os problemas de infraestrutura do atual prédio são tantos que o lugar ficou pior do que era a escola antes do início das obras”, reclamou.

Reforma ainda não foi concluída (Foto: divulgação)

Uma funcionária que não quis se identificar, informou que a obra, que deveria ter sido entregue ainda na gestão passada, já foi interrompida diversas vezes. Também de acordo com ela, os professores pararam de dar aulas há cerca de 15 dias porque o prédio já não oferecia a menor condição para dar prosseguimento ao ano letivo, que começou há pouco mais de um mês.

“Estamos todos preocupados com a situação dos alunos, que estão sem estudar. Posteriormente haverá outro transtorno: repor esses dias letivos nas férias”, disse.

Em nota, a Superintendência de Comunicação da Prefeitura de Campos informou que “o diretor de Infraestrutura da secretaria de Educação, Cultura e Esportes (Smece), Francisco Freitas, fez uma nova visita à unidade esta semana, na tentativa de entregar a obra em etapas, podendo liberar em breve as primeiras salas. Este mês, em duas ocasiões, a subsecretária geral de Educação, Luciana Eccard, se reuniu com professores e representantes dos pais dos estudantes. Na última reunião, ficou definido com os professores que será elaborado um calendário especial de reposição das aulas. De acordo com a secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana, as obras seguem o cronograma”.

Veja as imagens do prédio onde os alunos estudavam até os professores decidirem parar: