Caso você tenha um bulldog francês, pense duas vezes antes de deixa-lo no quintal. A última vítima foi a cadela Lola, do vendedor Thiago Mesquita. Ela foi furtada na madrugada da última quinta-feira (19) quando estava presa no canil da casa, que fica próxima a Universidade Estácio de Sá, na Avenida 28 de Março. Os ladrões teriam quebrado o cadeado e levado o animal sem deixar pistas.
Um bulldog francês pode custar até R$ 6 mil e essa pode ser a razão do furto no município. Embora os gastos com a alimentação e saúde do animal também sejam altos, comprar um cachorro de raça e pedigree ainda é considerado um investimento de grande valor; no entanto, isso só vale para filhotes.
“Eu fico mais preocupado porque a Lola tem seis anos e é castrada, ou seja, não representa lucro. O meu medo é fazerem alguma maldade com ela quando descobrirem isso, porque quem é capaz de entrar em um quintal, quebrar um cadeado e levar uma cadela, é capaz de qualquer coisa. Além disso, ela não come fora de casa e tenho certeza que está sofrendo. Todos aqui em casa estão angustiados e sem saber como agir”, lamentou Thiago.
O dono da Lola está à procura de pistas que levem até o ladrão. A Universidade Federal Fluminense (UFF) campus Campos forneceu imagens de câmera de segurança, mas não foi possível visualizar o momento exato do furto. A solução foi espalhar cartazes pela cidade e fazer divulgações nas redes sociais. “Estamos fazendo o que podemos para recuperar nossa cadela. Ela tem um valor sentimental muito forte para mim e para minha família. Até agora estamos sem entender o que leva alguém a fazer isso. Até porque, havia outros objetos de valor no quintal, mas levaram somente a Lola”, conta.
A equipe de reportagem do Jornal Terceira Via entrou em contato por telefone com o delegado titular da 134ª Delegacia de Polícia do Centro, Geraldo Rangel, e questionou sobre registros de ocorrência de furtos de bulldogs. De acordo com ele, não há muitas denúncias na DP, mas o motivo seria a falta de informação. “É importante que a população saiba que um cachorro é um bem como outro qualquer. Os furtos devem ser registrados na delegacia para que possamos investigar e também ter uma estatística desses casos”, afirmou o delegado.
Quando à investigação, Geraldo Rangel disse que o trâmite é o mesmo de outros furtos. “Nós buscamos imagens de câmeras de segurança, conversamos com vizinhos… Fazemos todas as ações necessárias para chegar até o ladrão e recuperar o animal”, explicou. Para denunciar casos de furto a cachorros, o delegado orienta a ir até a 134º DP, que fica na Rua Barão de Miracema, nº 231, Centro, próximo à Avenida Pelinca.
