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Castro supera Flávio Bolsonaro na corrida ao Senado, aponta pesquisa

Castro aparece numericamente à frente, com 20,2% contra 18,3% de Flávio; Benedita da Silva mantém posição competitiva, com 16,2%

Geral
Por Redação
28 de novembro de 2025 - 15h02
Foto: Reprodução

A nova rodada da Pesquisa Prefab, único levantamento presencial realizado no estado do Rio de Janeiro em 2025, revela uma série de movimentos decisivos nas principais disputas eleitorais e na avaliação do governo fluminense. O dado mais emblemático é a virada na corrida ao Senado: Cláudio Castro ultrapassa Flávio Bolsonaro e aparece numericamente à frente entre os eleitores, com 20,2% contra 18,3%. Benedita da Silva mantém posição competitiva, com 16,2%.

O instituto atribui parte da mudança ao impacto da recente operação no Complexo da Penha, que reforçou, segundo o diretor de pesquisas quantitativas Henrique Serra, a percepção de autoridade e capacidade de comando do governador.

No cenário para o Governo do Estado, a Prefab decidiu testar novos nomes diante de um ambiente político marcado por cansaço, alta rejeição e forte percepção de insegurança — 79,5% dos entrevistados dizem viver em um estado “dominado por bandidos”. Entraram na amostra Rodrigo Pimentel, Felipe Cury e Ítalo Marsili, avaliados como possíveis alternativas fora da política tradicional. Apesar disso, Eduardo Paes aparece isolado na liderança, com 35,6%, sustentado por rejeição baixa e estabilidade de imagem.

A pesquisa também registra uma inflexão relevante na avaliação do governo Cláudio Castro: pela primeira vez em três anos, sua aprovação supera a desaprovação. Hoje, 41,7% aprovam a gestão, enquanto 33,9% desaprovam. O movimento ocorre justamente em um período de alta sensação de medo e insegurança, o que, segundo Henrique Serra, favorece figuras percebidas como capazes de exercer controle em meio à crise.

Na disputa presidencial, a novidade é a estreia de Michelle Bolsonaro, que já aparece praticamente colada em Lula entre os eleitores fluminenses. Lula lidera com 27,4%, seguido de Michelle com 24,7%. Nenhum outro candidato chega a 6%. A rejeição ajuda a explicar o quadro: o presidente tem a maior taxa negativa, com 44,2%, enquanto Michelle registra apenas 11,8%.

“O eleitor do Rio está desconfiado, inseguro e em busca de quem ofereça respostas rápidas. É um ambiente político em ebulição, onde qualquer movimento tem impacto imediato. 2026 está completamente aberto”, destaca Henrique.

A Pesquisa Prefab ouviu 2 mil eleitores em entrevistas presenciais realizadas em todas as regiões do estado, ao longo de cinco dias. A margem de erro é de 2,19 pontos percentuais. O conjunto dos resultados indica um eleitorado desconfiado, pressionado pelo tema da segurança pública e aberto a mudanças, com um cenário político fluminense em reorganização rumo às disputas de 2026.