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Rafael Picciani reassume vaga na Alerj após prisão de TH Joias

Deputado substitui colega detido em operação contra comércio ilegal de armas e associação com o tráfico

Política
Por Redação
4 de setembro de 2025 - 8h20

Deputado Rafael Picciani (Reprodução)

O deputado estadual Rafael Picciani (MDB) reassumiu nesta quarta-feira (3) o mandato na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O retorno foi determinado pelo governador Cláudio Castro, após a prisão do deputado Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, em ação conjunta das polícias Federal, Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

De acordo com as investigações, TH Joias é suspeito de intermediar a compra e venda de armas para o Comando Vermelho, principal facção criminosa do estado. Ele foi detido em casa, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

A operação também resultou na prisão de outras pessoas, entre elas o traficante Gabriel Dias de Oliveira, o “Índio do Lixão”; o assessor parlamentar Luiz Eduardo Cunha Gonçalves, conhecido como Dudu; o ex-secretário Alessandro Pitombeira Carracena; o delegado da Polícia Federal Gustavo Stteel; além de três policiais militares. Outras oito prisões foram efetuadas.

Segundo o procurador-geral de Justiça do Rio, Antonio José Campos Moreira, os denunciados responderão por associação a organização criminosa e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito. Também há investigações sobre tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e corrupção.

De acordo com a denúncia, o grupo atuava nos complexos da Maré, do Alemão e em Parada de Lucas, intermediando a compra e venda de drogas, armas e equipamentos antidrones para dificultar ações policiais. O Ministério Público aponta ainda que TH Joias teria usado o mandato para beneficiar a facção, nomeando aliados para cargos na Alerj e realizando pagamentos a integrantes da organização criminosa.

O deputado será submetido à audiência de custódia para avaliar a legalidade da prisão. A Alerj será formalmente comunicada e caberá ao plenário decidir sobre a manutenção ou relaxamento da detenção.