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PF deflagra operação para combater fraudes em contratações emergenciais durante a pandemia

Policiais federais cumprem mandados de busca e apreensão em residências de investigados no Rio de Janeiro, Petrópolis, Teresópolis e Duque de Caxias

Estado do RJ
Por Redação
1 de julho de 2025 - 9h19

Na manhã desta terça-feira (1), a Polícia Federal deflagrou a Operação H. Pylori para apurar contratações realizadas com dispensa de licitação – no ano de 2020 – no Hospital Federal de Bonsucesso, durante a pandemia da Covid-19, com suspeitas de simulação no procedimento para beneficiar uma determinada empresa. A ação conta com a cooperação do Ministério Público Federal, CGU e da Receita Federal.

De acordo com as apurações, funcionários do hospital da época e empresas de fachada participaram das contratações. A empresa beneficiada era uma gráfica sem empregados apenas meses antes da dispensa de licitação, e não tinha autorização da ANVISA para atuar no momento da contratação, que foi realizada com prazos extremamente curtos para a apresentação de propostas. A consulta de preços foi simbólica ou simulada, só contando com a participação daqueles que já tinham informações acerca da contratação.

As investigações também relevaram que os preços registrados em contrato tanto do medicamento Omeprazol quanto das luvas cirúrgicas foram exorbitantes mesmo para os preços praticados durante a pandemia, em comparação com o praticado em outras contratações da Administração Pública.

Na ação de hoje, policiais federais cumprem 12 mandados de busca e apreensão em residências de investigados nas cidades do Rio de Janeiro, Petrópolis/RJ, Teresópolis/RJ e Duque de Caxias/RJ. Os suspeitos poderão responder pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, fraude a licitação e lavagem de dinheiro.

O nome da Operação faz referência à bactéria H. pylori, responsável pela infecção que ocorre no revestimento do estômago, sendo tratada com o medicamento Omeprazol – um dos objetos que foi alvo de superfaturamento no contexto da licitação fraudada.

Fonte: Ascom/PF