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Hemocentro de Campos orienta sobre leucemia e doação de medula óssea

Em 2024, unidade regional contou com 886 novos cadastros no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea

Saúde Pública
Por Redação
21 de fevereiro de 2025 - 7h38
Hemocentro Regional em Campos (Ilustração)

O Hemocentro Regional de Campos (HRC) é um dos principais polos cadastradores para doação de medula óssea do estado do Rio de Janeiro, sendo o primeiro do interior a oferecer esse serviço. Desde outubro de 2021, quando iniciou os cadastros, o HRC tem desempenhado um papel fundamental no aumento da base de doadores no país.

A campanha “Fevereiro Laranja” tem o objetivo de conscientizar a população sobre a leucemia, a importância do diagnóstico precoce e a necessidade de ampliar o número de doadores de medula óssea. Durante todo o mês, ações são promovidas para incentivar novos cadastros e reforçar a relevância da doação de sangue. Para muitos pacientes que aguardam um transplante, encontrar um doador compatível é a única esperança de vida.

Atualmente, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) conta com mais de 5 milhões de voluntários, tornando-se o terceiro maior banco de doadores do mundo. No entanto, como a compatibilidade entre doador e receptor é rara, é essencial que mais pessoas se cadastrem. A doação de medula é um procedimento seguro e pode beneficiar pacientes com mais de 80 doenças, como leucemia, linfoma e anemia grave.

A importância do cadastro e do aplicativo Redome
A assistente social do HRC, Maria Gonçalves, ressalta que o “Fevereiro Laranja” é um período fundamental para reforçar a importância da doação de medula óssea.

“Muitos pacientes com leucemia aguardam um transplante e nem sempre encontram um doador compatível na família. Quanto mais pessoas cadastradas, maiores são as chances de salvar vidas. O Hemocentro realiza esse cadastro durante a doação de sangue, e qualquer pessoa entre 18 e 35 anos pode se inscrever no Redome. Além disso, o aplicativo Redome permite que os cadastrados atualizem seus dados, garantindo que possam ser acionados caso haja compatibilidade com um paciente”, explica.

A experiência de um doador
O estudante Davi Barreto, de 23 anos, é um dos voluntários que decidiram se cadastrar como doador de medula óssea. Inicialmente, tinha receio do procedimento, mas mudou de ideia ao conhecer um método menos invasivo.

Davi Barreto é estudante e doador (Reprodução/Secom)

“Sempre achei importante doar sangue, mas acreditava que a doação de medula exigia cirurgia. Só descobri que há outro método quando doei sangue há dois anos. Me explicaram que é possível tomar um medicamento por alguns dias para estimular a produção das células e, depois, fazer a coleta sem cirurgia. Achei interessante e me inscrevi, pois muitas pessoas não podem doar por questões de saúde ou peso. Como estou saudável, não vejo motivo para não ajudar”, destaca.

Ao visitar o HRC recentemente, Davi conheceu o aplicativo Redome. “Não sabia que existia, mas achei muito útil. Basta inserir os dados e já dá para verificar todas as informações. Até a carteirinha de doador pode ser emitida por lá. Vou imprimir e carregar comigo”, relata.

Como se cadastrar como doador de medula óssea
O Hemocentro Regional de Campos realiza cadastros de doadores de medula óssea durante a doação de sangue. Para se inscrever, é necessário:

Ter entre 18 e 35 anos;
Estar em bom estado de saúde;
Não ter doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue (como HIV ou hepatites);
Não apresentar histórico de câncer, doenças hematológicas ou autoimunes.

O HRC funciona anexo ao Hospital Ferreira Machado (HFM) e atende unidades de saúde em diversos municípios da região, como São Fidélis, Pádua, Quissamã, São João da Barra e São Francisco de Itabapoana. O atendimento ocorre diariamente, das 7h às 18h, incluindo finais de semana e feriados, na Rua Rocha Leão, nº 2, bairro Caju.

Fonte: Secom