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Controle da sífilis congênita é debatida pela Saúde, em Campos

Objetivo é conseguir zerar a transmissão vertical da doença, como aconteceu com o HIV

Saúde
Por Redação
11 de dezembro de 2024 - 11h36

Reunião com integrantes da Secretaria de Saúde (Divulgação)


O controle da sífilis congênita foi pauta de reunião promovida pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SUBVS) junto ao Serviço de Obstetrícia do Hospital dos Plantadores de Cana (HPC) e o Centro de Doenças Infecto-Parasitárias (CDIP). O encontro aconteceu na sede da SUBVS, responsável pelo monitoramento da doença no município.

A transmissão vertical (da mãe para o bebê) da sífilis acontece durante a gestação ou no parto. O principal objetivo da atual gestão é conseguir zerar a transmissão vertical e, assim como aconteceu com o HIV, requerer o selo de eliminação da sífilis junto ao Ministério da Saúde. Até o momento, em 2024 foram registrados 65 casos de sífilis congênita e 70 crianças expostas. Esse número é menor que em 2023, quando foram registrados 127 casos e 11 crianças expostas. A redução de casos está em quase 50%.

Participaram da reunião o diretor da SUBVS, o infectologista Rodrigo Carneiro, a enfermeira Sara Manhães, a coordenadora da Obstetrícia do HPC, Consuelo Chicralla, e os assessores técnicos do CDIP, Constância Prestes e Leonardo Marques. O controle da sífilis no município, com foco principalmente nas gestantes, visa diminuir o risco de crianças infectadas com sífilis e crianças expostas.

Dr. Rodrigo Carneiro

Segundo Rodrigo Carneiro, a reunião foi para refinar as ferramentas de busca das gestantes e, principalmente, a notificação e a informação para a Vigilância em Saúde sobre as condutas que estão sendo tomadas após identificação da infecção pela bactéria sífilis (treponema pallidum).

“Essas gestantes são triadas durante o pré-natal em todo o município e, a partir do momento em que são identificadas como portadoras da bactéria da sífilis, mudamos a nossa abordagem. Tanto as Unidades Básicas de Saúde quanto o Hospital dos Plantadores de Cana fazem o seguimento dessas gestantes e estão capacitados para iniciar o tratamento da sífilis com essas pacientes. Posteriormente, o CDIP para fazer o seguimento das crianças que nasceram de mães com o diagnóstico de sífilis, sendo essas crianças classificadas, então, como crianças expostas ou como crianças com sífilis congênita. Então, nossa reunião foi para refinar os mecanismos de busca e melhorar o serviço de informação para o município”, explicou.

Serviço no Município

As reuniões são periódicas. Atualmente, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) fazem as consultas de acompanhamento de pré-natal e todas têm implantado desde 2023 o programa “Sífilis Zero”, onde são realizados testes e o tratamento com aplicação da penicilina. Já aquelas gestantes que, inadvertidamente, não fizeram o pré-natal ou fizeram de forma inadequada a principal maternidade do município, o Hospital dos Plantadores de Cana, a equipe está treinada e capacitada para a identificação imediata dessas gestantes e conduta terapêutica também imediata.

Também no ano passado, o município realizou a capacitação dos profissionais de saúde da Atenção Primária e da maternidade para a correta identificação de mães com sífilis e principalmente classificar as crianças como expostas ou infectadas com a bactéria da sífilis, levando ao diagnóstico da sífilis congênita.

Fonte: Secom/PMCG