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Futebol em luto: morre o campista Denílson, o Rei Zulu

O ídolo também atuou como treinador do Goytacaz nos anos 1980

Obituário
Por Monique Vasconcelos
2 de outubro de 2024 - 9h51
Foto: Reprodução

O futebol brasileiro está de luto pela perda do ex-jogador brasileiro Denílson Custódio, ex-volante do Fluminense, que faleceu nessa terça-feira (1), aos 81 anos, no Rio de Janeiro. Nos últimos anos, Denílson enfrentou batalhas pessoais, incluindo uma luta contra o câncer. A saúde deteriorou-se com um AVC durante uma cirurgia, comprometendo as funções motoras e de fala. Após ser liberado para voltar para casa, ele ficou restrito a um leito, necessitando de cuidados médicos constantes.

História de sucesso de Denílson, o Rei Zulu

Nascido em Campos dos Goytacazes, a trajetória esportiva de Denílson começou cedo, quando se mudou com a família para a capital e fez um teste no Madureira. Embora tenha sido aprovado, deixou o clube devido a desavenças com a diretoria. Em 1960, o jogador buscou uma nova oportunidade no Fluminense. Após ser inicialmente barrado pelo porteiro, ele conseguiu conversar com o técnico Zezé Moreira, que o acolheu e o integrou às categorias de base.

Denílson fez a estreia no time profissional em 1964, ano em que o Fluminense conquistou o Campeonato Carioca. Ao longo de sua carreira, ele se destacou em 435 partidas, acumulando 199 vitórias e 17 gols, além de ajudar o clube a ganhar quatro estaduais e três Taças Guanabara. Seu estilo defensivo e imponente, com quase 1,90m de altura, o consagrou como o primeiro cabeça-de-área do Brasil. Ele sempre se via como um “destruidor”, mas foi incentivado pelo técnico Telê Santana a aprimorar seus passes, o que o tornou ainda mais relevante no futebol.

Além da carreira como jogador, Denílson também atuou como treinador do Goytacaz nos anos 1980. A personalidade carismática rendeu apelidos, como “Rei Zulu”, dado pelo cronista Nelson Rodrigues, e “Cacique de Ramos”, em referência às frequentes visitas às rodas de samba cariocas.

O legado de Denílson transcende os campos de futebol. Sua história de superação e dedicação ao esporte inspira todos os que amam o futebol. O “Rei Zulu” deixa saudades, mas seu impacto na história do esporte brasileiro será eternamente lembrado.