Um incêndio em um restaurante situado próximo à Praça do Santíssimo Salvador, no último dia 20, acendeu o alerta para as dificuldades de acesso à atuação do Corpo de Bombeiros na área central de Campos. O empreendimento fica em uma rua estreita e, com carros estacionados em um dos lados, os militares tiveram dificuldades para acessar o local e conter o fogo.
“Os bombeiros querem apagar o fogo e tem um carro ali atrapalhando a entrada deles”, relatou um internauta, na ocasião, em vídeo registrado pelo J3News. Esse caso ocorreu na Rua Dr. Inácio de Moura, mas liga o alerta para a possibilidade de problemas maiores na região do Centro. O acesso ao Edifício Ninho das Águias pela rua Santos Dumont e alguns pontos do Boulevard Francisco de Paula Carneiro (Calçadão), são outros exemplos de difícil acesso.
O J3 questionou a Prefeitura sobre de que forma a Guarda Civil Municipal e o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) atuam para organizar e viabilizar melhor dinâmica do trânsito nas ruas na área central, bem como sobre a permissão de estacionar veículos nestes pontos. Porém, não houve retorno até o fechamento desta matéria.
O Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro (CBMERJ) informou que todas as suas unidades desenvolvem planos de operações para eventos diversos, como desastres, incêndios e controle de pânico para atuação em edificações consideradas de risco, dentro da área operacional de cada quartel.
Porém, o CBMERJ não deixou claro quais são essas iniciativas. “São desenvolvidas diversas estratégias de atuação dos militares para realizar salvamentos e combate a incêndio em pontos críticos com cenários variados”, destaca a nota.
O Corpo de Bombeiros ressaltou que, recentemente, o Governo do Estado fez aquisições que somam quase um bilhão de reais em viaturas modernas, materiais e equipamentos, focados em atuar nestes casos.
“São veículos de médio e grande porte, com padrão internacional, constituídos em tamanhos apropriados para centros urbanos, porém com maior autonomia, tecnologia de ponta, além de serem compostos de materiais e equipamentos de última geração. Assim, conseguem acessar vias menores e locais com mobilidade reduzida”, enfatiza.
O CBMERJ destacou, ainda, que todas as edificações comerciais de médio e alto risco, residenciais multifamiliares, mistas (comerciais e residenciais), industriais, educacionais, hospitalares, além de locais de reunião de público, necessitam dos dispositivos de segurança contra incêndio e pânico, seguindo as orientações do Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico.
“São os dispositivos de combate a incêndio e controle de pânico, como, por exemplo: extintores de incêndio, mangueiras e hidrantes, iluminação de emergência e sinalização de emergência, entre outros”, completa.