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Síndrome Respiratória Aguda Grave no Estado do RJ deve aumentar neste período, segundo SES

Número de casos por SRAG não causadas por Covid-19 segue em alta; situação é mais preocupante na faixa etária de zero a quatro anos

Saúde
Por Redação
29 de maio de 2024 - 9h53

Foto Ilustração/Arquivo

A terceira edição do Panorama de Síndrome Respiratória Aguda Grave e Vírus Respiratórios (Panorama SRAG), divulgada na terça-feira (28) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), destaca que o número de casos por SRAG não causadas por Covid-19 segue em alta. A situação é mais preocupante na faixa etária de zero a quatro anos, com 497 internações, de um total de 836 registros, segundo o Painel de Indicadores Precoce, disponível em: https://cisshiny.saude.rj.gov.br/covid/. A análise estima que o número de casos para o período esperado pode ser ultrapassado, indicando a crescente. O Panorama SRAG analisou as semanas epidemiológicas 18, 19 e 20, que correspondem ao período entre 28 de abril e 18 de maio.

“Temos notado um aumento considerável no número de casos de doenças causadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), principalmente a bronquiolite, nas crianças do nosso estado. É importante lembrar que em casos de sintomas, deve-se procurar uma unidade de saúde mais próxima para que o atendimento seja feito o mais rápido possível”, ressaltou a secretária de estado de Saúde, Claudia Mello.

A bronquiolite é uma condição clínica causada pela inflamação dos bronquíolos, vias aéreas inferiores de calibre muito pequeno que levam oxigênio para os pulmões. Trata-se de uma infecção que não pode ser confundida com bronquite (que é a inflamação das vias aéreas). É mais comum em crianças menores, de até os dois anos de vida, e pode se tornar grave em pouco tempo se não tratada corretamente. Os sintomas mais comuns são: coriza, tosse leve, febre persistente (mais de 3 dias), respiração acelerada e com dificuldade, além de fadiga.

A equipe de Vigilância do Centro de Inteligência em Saúde da SES-RJ utiliza um modelo estatístico chamado “nowcasting”, que leva em consideração os casos com atraso de notificação para estimar o total esperado para determinado período. A estimativa do nowcasting para a semana epidemiológica (SE) 18 foi de 538 casos, com 348 casos já registrados no sistema; para a SE 19, a estimativa foi de 503 casos, com 310 casos já registrados; para a SE 20, o modelo apontou 566 casos estimados, sendo que 219 casos já foram registrados.

Os vírus predominantes entre crianças e idosos

O Panorama SRAG também analisa os tipos de vírus que predominam nas diversas faixas etárias dos pacientes internados e as solicitações de leitos feitas por meio do Sistema Estadual de Regulação.

As crianças com idade até 4 anos continuam como a faixa etária com maior número de internações. Nessa faixa, os principais agentes infecciosos são o Vírus Sincicial Respiratório, um dos causadores da bronquiolite (50,93%), e o Rinovírus (23,71%). As solicitações de leitos para este público permanece em alta, passando de 304 na semana epidemiológica 17, para 292 na semana 18, 250 na semana 19 e 254 na Semana 20.

O percentual de internações por SRAG na faixa etária de 80 anos ou mais permaneceu estável, com os vírus Influenza do tipo A (12,86%) e o Rinovírus (8,78%) mantendo-se como principais causadores. O número de solicitações de leitos para essa faixa etária permanece com pouca variação, passando de 134 na semana epidemiológica 17, para 122 na semana 18, chegando a 113 na semana 19 e 120 na Semana 20.

O Panorama SRAG utiliza três sistemas como fonte de dados: o Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), o Sistema Estadual de Regulação (SER) e o Sistema de Informação de Gerenciamento de Amostra Laboratorial (GAL), onde são registrados os resultados dos exames feitos pelo LACEN-RJ, laboratório estadual de referência.

Fonte: Secom/RJ