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Suspeito de assalto com uniforme do CCZ passa mal no presídio, não resiste e morre

Familiares protestaram e fecharam a Rodovia BR-101; eles querem justiça

Campos
Por Redação
25 de julho de 2017 - 19h10
Cleiton, quando foi detido no mês de junho (Foto: reprodução)

Cleiton, quando foi detido no mês de junho (Foto: reprodução)

Familiares e amigos de Cleiton Rosa Mendes fecharam a Rodovia BR-101, no Parque Aeroporto, em Campos em protesto contra a morte dele. Cleiton teria passado mal no presídio Carlos Tinoco da Fonseca, em Campos, no início da semana, foi transferido para um Hospital penitenciário no Rio de Janeiro, mas não resistiu e morreu nesta segunda-feira (24).

Cleiton estava preso desde o dia 23 de junho de 2017, quando foi detido em flagrante pela Polícia Militar por porte ilegal de arma e suspeita de assalto a residência no bairro João Maria. Na ocasião, ele estava na companhia de uma adolescente e, juntos, se passavam por funcionários do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para ter fácil acesso às residências. Eles estavam vestidos com uniformes do órgão e confessaram o crime à polícia.

Durante o protesto nesta terça-feira (25), familiares e amigos de Cleiton pediram justiça “Ele foi socorrido para um hospital no Rio de Janeiro, mas morreu. Não ficamos sabendo de nada, nem da transferência, nem como ele passou mal. Ele pode ter sido agredido. Só soubemos depois da morte. Queremos justiça”, desabafou um familiar que preferiu não se identificar.

BR-101 foi fechada no Parque Aeroporto (Foto: redes sociais)

BR-101 foi fechada no Parque Aeroporto por familiares de Cleiton (Foto: redes sociais)

A família de Cleiton procurou a Justiça nesta segunda-feira (24) e solicitou o traslado do corpo para Campos, alegando não ter condições financeiras para o procedimento. A justiça deferiu o pedido, argumentando que “a Lei Estadual nº 2.015/92 instituiu em todo o Estado do Rio de Janeiro o Serviço Funerário Gratuito, que tem entre suas atribuições a realização de procedimentos necessários ao sepultamento de pessoas de baixa renda”, justificou a juíza da 1ª Vara Criminal de Campos, Elisabete Longobardi.

Cleiton morreu no Hospital Hamilton Agostinho Vieira de Castro e o corpo foi levado para o Instituto Médico Legal de Campo Grande, na capital.

Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que não há rebelião no Presídio Carlos Tinoco da Fonseca, em Campos.  “Cabe ressaltar que o interno  passou mal no fim de semana e foi levado para o hospital, veio a óbito no dia 24 e a direção da unidade informou o caso à família por telegrama. A causa da morte será informada pelo Instituto Médico Legal”.

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