A secretaria de Estado de Educação (Seeduc) afastou, nesta sexta-feira (21), o diretor do Colégio Estadual Padre Mello, onde uma adolescente de 13 anos teria sido violentada por 15 estudantes. Uma sindicância foi aberta pela pasta para investigar o estupro coletivo. A 144ª Delegacia de Polícia também apura o caso.
De acordo com o delegado Bruno Cleuder, a Polícia Civil tomou conhecimento do crime na última segunda-feira, após o irmão da vítima, que mora em outra cidade, procurar as autoridades, mas o abuso teria acontecido de maneira reiterada durante dois meses: pelo menos cinco vezes entre maio e junho deste ano.
A vítima mora com uma avó bastante idosa e o pai, que teria problemas mentais. A família da menina alega que ela não queria ter realizado os atos sexuais, mas não revelou a violência por medo. Exames descartam doenças sexualmente transmissíveis, assim como uma possível gravidez.
O delegado afirma que o diretor do colégio teve conhecimento do fato, mas teria tentado “resolver administrativamente” a questão e não comunicou a polícia e o Conselho Tutelar. Ele deverá responder, inicialmente, pelo crime de prevaricação, que é quando um funcionário público se omite diante de uma situação em que teria a obrigação legal de agir.
Porém, se no curso da investigação ficar provado que o diretor poderia ter atuado para evitar que a adolescente voltasse a ser violentada, ele poderá responder pelo crime de estupro de vulnerável.
Os adolescentes que teriam praticado o abuso foram ouvidos e liberados. Eles negaram ter ameaçado a vítima e afirma que o ato foi consensual. Como têm idades entre 13 e 16 anos, eles poderão responder por ato infracional análogo ao crime de estupro de vulnerável.
