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Morre menina baleada em ação da PRF, na Baixada Fluminense

Heloísa dos Santos Silva, de 9 anos, estava dentro do carro da família, quando foi atingida na cabeça e na coluna

Geral
Por Redação
16 de setembro de 2023 - 11h27
(Foto: Reprodução)

Morreu, na manhã deste sábado (16), a pequena Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, que foi atingida por um tiro na cabeça, durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Arco Metropolitano, na altura de Seropédica. A menina estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, desde o dia 7 de setembro, quando levou o tiro.

O boletim médico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde informou que Heloísa sofreu uma parada cardiorrespiratória irreversível às 9h22 deste sábado.

A PRF divulgou nota de pesar pelo falecimento de Heloísa: “Solidarizamo-nos com os familiares, neste momento de dor, e expressamos as mais sinceras condolências pela perda”, disse.

Sobre o caso

A menina foi baleada dentro do carro da família, em Seropédica, na Baixada Fluminense, no último dia 7. De acordo com os familiares, os tiros partiram da polícia, atingindo a coluna e a cabeça da criança, que precisou passar por cirurgia. A criança foi internada na madrugada da última sexta-feira (8).

Segundo a TV Globo, o agente da PRF Fabiano Menacho Ferreira disse em depoimento que disparou contra o carro “depois que ouviu o barulho de tiro”. De acordo com o policial, ele e dois colegas começaram a perseguir o veículo, após constatarem que o automóvel era fruto de roubo, embora o dono do carro e pai da criança tenha afirmado que não estava ciente disso.

A PRF afastou três policiais e diz que a Corregedoria apura o caso. Em nota, a corporação afirma que os agentes também passarão por avaliação psicológica e expressa “profundo pesar” pela situação.

O diretor-geral da PRF, Fernando Oliveira, disse que os agentes são proibidos de atirar contra automóveis, mesmo em caso de fuga. Segundo ele, qualquer excesso cometido por parte de agentes não tem apoio do presidente Lula (PT), nem do ministro da Justiça, Flávio Dino, e nem dele.