Aproximadamente 20 instituições de ensino da rede privada de Campos já confirmaram apoio à nova paralisação em defesa dos direitos trabalhistas, marcada para esta sexta-feira (30). A mobilização partiu do Sindicato dos Professores de Campos e São João da Barra, que solicitou, por meio de ofício, a adesão da categoria ao movimento nacional. O Sindicato dos Bancários também anunciou que irá parar. Em Campos, a manifestação estará concentrada na Praça São Salvador, a partir das 15h. O última mobilização ocorreu no dia 28 de abril.
Presidente do Sinpro, a professora Vera Félix afirma que as instituições foram avisadas com certa antecedência para evitar transtornos aos calendários. “Além disso, todas garantiram a reposição do dia de aula, que será destinado à luta pela democracia, em data oportuna, sem gerar prejuízos aos estudantes”, reforça. Ainda de acordo com a docente, o ato terá como base o repúdio às reformas Trabalhista e da Previdência e apoio às eleições diretas.
“É preciso ter em mente que, em 30 de junho, a escola, faculdade ou universidade não deixará de funcionar. Pelo contrário, vai haver uma grande aula de democracia, aberta, em praça pública. Afinal, o trabalhador precisa mostrar sua insatisfação contra as propostas do governo”, ressalta Vera Félix, acrescenta que “a melhor forma para ser ouvido é indo às ruas e manifestando a favor de seus direitos”.
A presidente do Sinpro informa que a paralisação desta sexta-feira foi definida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras centrais sindicais. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) e a Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Estado do Rio de Janeiro (Feteerj), bem como diversas entidades dos setores público e privado, além de movimentos estudantis, sociais e outros sindicatos, também já demonstraram apoio à causa.
De acordo com o Sindicato dos Bancários, a categoria “precisa tomar consciência de que todas as conquistas da categoria só se concretizaram depois de muita luta”. Na noite de terça-feira (27), uma assembleia no Sindicato decidiu pela adesão da categoria à greve convocada pelas centrais sindicais.
“O golpe da reforma trabalhista não passará. Os trabalhadores já deram uma mostra, no dia 28 de abril, na Greve Geral e na ocupação de Brasília no dia 24 de maio, de que não permitirão a destruição de seus direitos por um governo golpista e ilegítimo. Os bancários devem se juntar aos demais trabalhadores e pressionar os parlamentares para que não aprovem a reforma trabalhista”, afirmou o Sindicato em nota.