×
Copyright 2024 - Desenvolvido por Hesea Tecnologia e Sistemas

Homem é preso em Campos em operação para desarticular grupos extremistas

Segundo fontes policiais, idolatria ao nazismo, discriminação, racismo e discurso de ódio estão entre as práticas do grupo

Polícia
Por Redação
16 de dezembro de 2021 - 7h28
Jovem foi preso em casa, no Turf (Foto: Leitor JTV)

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializado no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), em conjunto com a Polícia Civil, por meio da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), realiza nesta quinta-feira (16) a operação Bergon, para combater associações entre indivíduos que praticam, divulgam e instigam a realização de atos de discriminação e preconceito em relação à raça, cor, etnia e procedência nacional, além do crime de corrupção de menores. 

Um homem de 20 anos foi preso em uma casa, na Travessa Justiniano de Carvalho, no bairro Turf Club, em Campos. Ele foi conduzido inicialmente para o 8º Batalhão de Polícia Militar (8ºBPM) e será levado ainda nesta quinta, para a Cidade da Polícia, para o Rio de Janeiro.

Na casa do jovem foram apreendidos objetos, livros com referências nazistas e uma espingarda de ar. Vários livros são referentes a Adolf Hitler, político alemão, líder do Partido Nazista.

Alguns vizinhos contaram aos policiais o jovem preso era muito introvertido e não conversava com a vizinhança.

O objetivo da operação é cumprir quatro mandados de prisão e 30 mandados de busca e apreensão nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, e Rio Grande do Norte. 

Durante a investigação, com a quebra de sigilo de dados e telefônicos autorizados pela Justiça, foi possível identificar a existência de grupos de indivíduos que se autodeclaram nazistas e ultranacionalistas, associados para praticar e incitar atos criminosos.

Os investigados, alguns adolescentes, publicam em redes sociais e em aplicativos de mensagens diversas fotografias, imagens e textos de cunho racista, homofóbico, antissemita ou nazista e falam abertamente sobre a prática de violência contra essas populações. 

O nome da operação faz referência à freira francesa Denise Bergon, que desafiou nazistas ao abrigar e salvar a vida de dezenas de crianças judias durante a Segunda Guerra.

Esta matéria se encontra em atualização.