A descoberta de uma gravidez gera muitas expectativas e ansiedade dentro do seio familiar, principalmente para a mãe, que carrega o bebê em seu ventre. Uma das maiores preocupações é o momento do parto e de como será a chegada do recém-nascido. Nos últimos três anos, houve um aumento considerável na quantidade de mulheres que optaram pela humanização desse momento, amparadas também por diversas leis que regulamentam a prática.
Um processo que atende as vontades da paciente e faz com que mãe e filho vivam integralmente a experiência do parto natural, de forma mais humana. Desde março do ano passado, a obstetra Thayanna Alves Matsuda é uma das responsáveis pelo parto humanizado na maternidade Lília Neves, em Campos. A unidade tem uma sala reservada e preparada especialmente para esse processo tão delicado, natural e espontâneo, e n t r e mãe e bebê. “A humanização do parto é quando não há nenhum tipo de intervenção. A paciente vai entrar em trabalho de parto no momento em que o bebê decidir. O ideal é proporcionar um ambiente calmo, conversar e estimular a gestante a andar. A intenção é que a mulher tenha autonomia sobre o corpo dela. Se ela quer que coloque luz baixa, se prefere que o pai da criança esteja ao seu lado naquele momento, por exemplo. As mulheres querem o direito de conhecimento e de escolha. Humanizar é respeitar isso”, explica.
Segundo a especialista, a maioria das grávidas já chega ao consultório decididas sobre a humanização do parto. Para a médica, é necessário esclarecer todas as dúvidas da paciente sobre o assunto logo no início do pré-natal. “Desde a primeira consulta, eu já esclareço que é um direito dela escolher a via de parto que deseja. Eu informo os riscos e os benefícios da humanização, do parto natural e da cesárea, além da melhor opção para o estado de saúde da paciente e do bebê. É importante explicar que ela pode querer um determinado processo, mas que tudo vai depender da evolução da gestação. O parto humanizado é o que mais aconselho pra qualquer paciente. Até mesmo para aquelas que são hipertensas ou de alto risco, é a melhor opção. Em algumas situações é ideal fazer parto normal a uma cirurgia e passar pelo risco de ocorrer um sangramento e descompensar mais a paciente. O parto nunca pode ser classificado como um procedimento de baixo risco, porque ele é uma caixinha de surpresas”, ressalta Thayanna.
Plano de parto
No dia 8 de março deste ano, o Governo Federal, através do Ministério da Saúde, lançou diretrizes que regulamentam o parto normal e humanizado, acreditando que o processo de nascimento é um período que acompanha a existência de todo ser humano e, por isso, deve ser respeitado. Uma das regulamenta-ções é o plano de parto, uma espécie de documento, elaborado pela gestante, que deixa claro o que elas permitem durante essa experiência. “A paciente, por si só, escreve o que ela aceita e o que e não aceita que seja feito e traz no dia do parto”, afirma a obstetra. A lei também assegura o direito da mulher de escolher a melhor posição para o parto, dieta livre (com a não obrigatoriedade do jejum), acompanhamento de doulas e acesso a alternativas para aliviar a dor, como massagens e imersão em água. “É importante lembrar, que a paciente, pela lei, já tem direito a um acompanhante da escolha dela”, acrescenta a mé- dica.
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As diretrizes também visam reduzir as altas taxas de intervenções desnecessárias, que deveriam ser utilizadas apenas em momentos de necessidade, mas que acabam sendo muito comuns. A especialista esclarece que o segredo do parto humanizado é a conversa, a compreensão entre médico e paciente.