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Chequinho: audiência de Rosinha marcada para o dia 24

No mesmo dia serão julgados o candidato do PR à sucessão da ex-prefeita, Dr. Chicão, e seu vice, Mauro Silva

Campos
Por Redação
4 de março de 2017 - 12h37
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Ex-prefeita Rosinha Garotinho será ouvida às 9h, no salão do Tribunal do Júri. (Foto: Silvana Rust)

Rosinha (PR) voltará ao Fórum Maria Thereza Gusmão no próximo dia 24 não mais na condição de acompanhante de seu marido, o ex-governador Anthony Garotinho (PR), mas para responder ela própria sobre a suspeita de envolvimento no esquema que trocava inscrições no programa social Cheque Cidadão por votos em candidatos da coligação “Frente Popular Progressista de Campos” à Câmara e à Prefeitura nas eleições municipais de outubro de 2016. Junto dela estará seu vice e então candidato à sucessão Dr. Chicão (PR) e o vice deste na chapa, Mauro Silva (PSDB). A audiência de instrução e julgamento acontece às 9h, na salão do Tribunal do Júri.

Os julgamentos dos suspeitos de participação no esquema começaram em 8 de novembro do ano passado e se estenderam até o dia 28 seguinte, no Fórum Maria Tereza Gusmão. Até o momento, 11 vereadores eleitos e reeleitos já foram condenados em primeira instância: Cecília Ribeiro Gomes (PT do B), Jorge Magal (PSD), Jorge Rangel (PTB), Kellinho (PR), Linda Mara Silva (PTC), Miguelito (PSL), Ozeias (PSDB), Roberto Pinto (PTC), Thiago Ferrugem (PR), Thiago Virgílio (PTC) e Vinicius Madureira (PRP). Em todos os casos, o juiz Eron Simas, da 76ª ZE, decidiu pela cassação dos registros, anulação dos votos recebidos e inelegibilidade por oito anos. Cabe recurso.

Durante as audiências, agentes do Grupo de Apoio à Promotoria (GAP) falaram sobre as diligências para investigar as denúncias contra os vereadores. De acordo com eles, foram encontradas e apreendidas na Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social listas marcadas com uma sigla que, segundo apuração do Ministério Público Eleitoral (MPE), faria referência às legendas envolvidas. Estas listas, que não tinham timbre da Prefeitura, continham nomes e números de documentos pessoais, como identidade e título de eleitor, de beneficiários irregulares do programa social.

A Garotinho, Rosinha, Dr. Chicão e Mauro Silva se somam os ex-secretários de Infraestrutura e Mobilidade Urbana, Edilson Peixoto (PR), e dos Direitos dos Idosos, Gilson Gomes (PRTB), o ex-comandante da Guarda Municipal, Wellington Levino (SD), bem como o ex-vereador governista Albertinho (PMDB).

Além deles, a Justiça julgará, ainda, os candidatos a vereador derrotados no último pleito Aldo de Tocos (PRP), Ailton Tavares (SD), Binho de Conselheiro (PRTB), Carlos Alberto do Canaã (PTC), Duda a Renovação (PRP), Enfermeira Kátia Venina (PR), Geraldinho de Santa Cruz (PSDB), Heloisa Rocha (PR), Kelynho Povão (PHS), Léo de Morro do Coco (PRP), Leonardo do Turf (PSL), Paulinho Camelô (PRP), Paulo Henrique Ph (PTC), Pepeu de Baixa Grande (PSD), Roberta Moura (PR), Rodolfo Pescador (SD), Serginho Bigode (PTC), Tia Penha (PHS) e Vera Bensi (PR).

Garotinho, ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social de Campos, Ana Alice Ribeiro, os vereadores cassados Ozeias, Miguelito, Kellinho, Linda Mara e Thiago Virgílio chegaram a ser presos pela Polícia Federal (PF) por envolvimento no esquema. O ex-subsecretário de Governo de Campos, Alcimar Ferreira Custódio, braço direito de Garotinho na pasta durante o governo Rosinha, teve prisão teve prisão decretada e, mais tarde, revogada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Durante todo o tempo em que o mandado de prisão esteve em aberto, ele permaneceu foragido.