

Característica de país marcado pelo populismo, com alto nível de corrupção e comandado, quase sempre, por governantes incompetentes – o Brasil, este gigante continental, de riquezas extraordinárias, de terra fértil e dono da maior reserva de água do mundo, não consegue dar à grande parte de sua população uma vida digna. E pior: considerável fatia do povo passa fome.
No geral, a indústria é de terceiro mundo, enquanto o comércio vive na corda bamba. Os serviços essenciais “disponíveis” ao grande público, como Educação, Saúde, Segurança, Transportes, Moradia, Infraestrutura e outros, são o que todos sabemos: uma vergonha.
É assim! E ponto
E tudo fica como está, porque foi como sempre esteve. Claro, com honrosas exceções, o candidato se elege hoje e já mira daqui a 4 anos. E começa a linha de combinados escusos, com nomeações, indicações, privilégios, concessões, aumentos para os que já recebem altos salários e ‘facilidades’ as mais variadas. Povo! Ora, o povo.
É um mal de raiz, fruto da população despolitizada e rasteiramente instruída. Mantida assim, para que assim seja manipulada e usada como massa de manobra.
Na contramão de uma sociedade moderna, pensante e conhecedora de seus direitos, a educação, instrução, politização e informação não caem bem aos interesses dos ‘senhores do Brasil’.
Frise-se, não é que o debate presidencial esteja sendo antecipado agora, quando ainda resta quase um ano para as eleições – o que já é uma deformação. Acontece que a discussão sobre 2026 começou em 2022, logo após a vitória petista.
Pleito 2026
Após a redemocratização, o Brasil experimenta nos últimos 15 anos um dos piores períodos político-governamentais – não obstante Sarney e Collor tenham sido notórios fracassos.
Um dos graves problemas é que o País vive em permanente estado pré-eleitoral, com governo e oposição de olho na cadeira do Planalto.
Pesquisas
Isso é alimentado, particularmente, por intermináveis pesquisas eleitorais, que não obstante revelem uma tendência, via de regra oscilam de acordo com a avaliação dos entrevistados. Disso, a pesquisa não tem culpa alguma.
É uma fotografia do momento, que alguns entendem deveria ser usada só para consumo interno. Assim, não influenciaria o eleitor indeciso, que não raro abre mão do voto ‘do coração’ em favor dos que aparecem como favoritos. A questão é polêmica visto que, seja como for, não deixam de prestar um serviço.
Erros – Não custa lembrar, em 2022, a última pesquisa do Datafolha, na véspera do 2º turno, deu 52% para Lula e 48% para Bolsonaro. Já o Ipec, 54% para Lula e 46% Bolsonaro. A diferença, contudo, não foi nem de 4 e tampouco de 8 pontos. Foi de 1,8% – a menor da história: 60 milhões de votos contra 58.
Considerações
Os números das últimas pesquisas Quaest e Paraná já foram por demais divulgados. Não acrescenta nada repetir aqui notícia velha. Contudo, vê-se oscilação particularmente na imagem do presidente Lula e do governo.
Há 5/6 meses, a desaprovação chegou na casa dos 60%. Depois caiu com os episódios do Tarifaço e julgamento de Bolsonaro. Mais recentemente, o percentual dos que desaprovam voltou a subir quando o presidente chamou de “matança” operação policial que a população do Rio de Janeiro considerou um sucesso.
Enfim, apesar das pesquisas e dos nomes frequentemente divulgados na mídia, nada há de concreto. Exceção para o presidente Lula da Silva, que já confirmou sua pré-candidatura ao lembrar que apesar de ter completado 80, tem “a anergia de 30 anos”.
Bolsonaro, que está inelegível e não pode ser candidato, poderá ou não indicar ou influenciar algum nome. Mas isso depende de inúmeros fatores diretamente ligados a seu ânimo: se irá cumprir a pena em casa ou em presídio; interesse em apoiar um nome da direita; expectativa de que esse suposto nome possa retomar a quase sepultada anistia e várias outras circunstâncias.
Logo, nesse tabuleiro, temos hoje (por ordem alfabética) os nomes de Caiado, Ciro Gomes, Lula, Michelle, Ratinho Jr. Tarcísio, Zema… e outros que poderão aparecer, tanto quanto outros poderão não vir.
Vale considerar que pelo último apanhado da Genial Quaest a maioria quer Bolsonaro e Lula fora do pleito do próximo ano.