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Quaest confirma queda de aprovação de Lula após megaoperação no Rio

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Guilherme Belido Escreve
Por Guilherme Belido
12 de novembro de 2025 - 17h18

Pesquisa do Instituto Genial Quaest divulgada na quarta-feira (12) aponta que 67% dos brasileiros aprovam a megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro, dia 28 de outubro, nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. Confirma-se, assim, a expectativa de que a avaliação do presidente Lula da Silva sofreria revés após o mandatário ter definido como “desastrosa” e chamado de “matança” a megaoperação.

Ainda de acordo com a Quaest, a desaprovação da população brasileira relativamente ao presidente Lula subiu para 50%, enquanto a aprovação captada junto aos entrevistados recuou para 47%. Os percentuais não chegam a ser desastrosos para o presidente, mas freiam a queda da desaprovação que vinha perdendo força nos últimos meses.

Conforme publicado domingo (09) no jornal físico do J3News, a fala de Lula foi precipitada e frontalmente contrária ao apoio popular, que considerou a operação contra o Comando Vermelho um sucesso. Além do que, reacendeu no País o grave problema da Segurança Pública – segmento que mais carimba o governo com o rótulo da incompetência.  

Mal avaliado
De acordo com a maioria dos institutos de pesquisa do País, até 3 ou 4 meses a desaprovação ao governo de Lula batia na casa dos 60% a nível nacional.

Por certo, uma tendência que vinha num crescente desde o início de 2025, quando o Planalto sofria sucessivas derrotas na Câmara, a economia mostrava-se cada vez mais frágil e o escândalo dos descontos indevidos de aposentados e pensionistas do INSS veio à tona.

Retrospecto
Nas vizinhanças desses episódios desgastantes, registre-se a indignação de setores da sociedade quando Lula se aproximou de governos autoritários – de ditadores – durante viagem a Moscou. O presidente brasileiro atendeu convite de Vladimir Putin para assistir a parada militar que assinalou os 80 anos vitória sobre os nazistas na Segunda Guerra Mundial.

Na ocasião, O Globo reproduziu com destaque entrevista com Vitelio Brustolin, professor de Relações Internacionais da UFF e pesquisador da Universidade Havard.

— Lula se elegeu com um discurso de defesa da democracia, afirma ter combatido um golpe de Estado no dia 8 de janeiro, e apareceu ao lado não apenas de ditadores, mas também de criminosos de guerra – disse.

Virada positiva
Os percentuais de desaprovação, contudo, começaram a baixar a partir do julgamento de Bolsonaro. O ex-presidente mostrou-se ‘sem noção’, quis fazer brincadeira com o ministro Alexandre Moraes – o que absolutamente não teve cabimento – e adotou atitudes de submissão. Nos episódios, Bolsonaro gerou desânimo junto a seus seguidores, que esperavam seriedade e firmeza de postura.

Outro acontecimento que impulsionou Lula nas pesquisas foi o enfrentamento do tarifaço. O presidente Trump misturou política com economia e baixou, na prática, uma sanção contra o Brasil. Lula manteve-se firme, enfrentou a situação e levantou a bandeira da soberania do País, fazendo com o que a população se enchesse de orgulho. 

Próximas semanas
Nesse turbilhão de informação e pesquisas, até o final de novembro o quadro geral aprovação/reprovação deverá ficar mais claro, quando a avaliação de combate ao crime organizado, somada à questão econômica e outros temas igualmente sensíveis à população, irá permitir visão de maior largueza.