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“Comportamento violento” motivou prisão preventiva de ex-vereadora de Campos

A reincidência e o histórico de conflitos pesaram na decisão do magistrado, que reforçou o caráter preventivo da prisão

Polícia
Por Redação
31 de outubro de 2025 - 9h03
Foto: Arquivo J3News

A ex-vereadora Marcelle Pata voltou a ocupar o noticiário policial nesta semana. Desta vez, a Justiça converteu em preventiva a prisão em flagrante da ex-parlamentar, detida na última terça-feira (28) após confusão dentro de uma agência dos Correios, no Centro de Campos. A decisão, proferida na quinta-feira (30) pelo juiz Iago Saúde Izoton, acendeu um alerta sobre a reincidência no comportamento.

Na decisão, o magistrado destacou que a liberdade de Marcelle “não pode ser adequadamente neutralizada com medidas cautelares”, considerando que a ex-vereadora representa “nível de periculosidade ao tecido social”.

O texto menciona ainda que a custodiada “com habitualidade, presta-se a ofender terceiros com emprego de elementos atinentes à raça”, o que evidencia, segundo o juiz, um comportamento violento.

Em nota enviada à reportagem, a defesa afirmou que o inquérito ainda se encontra em fase de apuração, com diversas diligências pendentes que serão essenciais para o esclarecimento integral dos acontecimentos e para a busca da verdade real dos fatos. Leia completa ao final do texto.

Reincidência

Marcelle Pata já havia sido condenada em 2023 pelo crime de injúria racial, com pena de dois anos de reclusão, substituída por restrições de direitos.

A nova acusação envolve o uso de spray de pimenta dentro de uma agência dos Correios. De acordo com informações do Segurança Presente, a ex-vereadora se desentendeu com pessoas na fila e, após discussão, teria atacado os presentes com o artefato, além de ofender verbalmente um homem e uma mulher com expressões racistas. Outra mulher, atingida pelo spray, e encaminhada para atendimento no Hospital Ferreira Machado (HFM), foi ouvida como testemunha.

Durante a condução à 134ª Delegacia de Polícia, Marcelle teria resistido à prisão, obrigando os agentes a usar força moderada. Segundo o registro policial, a ex-vereadora possui histórico de outros crimes, como calúnia, constrangimento ilegal e perseguição. A reincidência e o histórico de conflitos pesaram na decisão do magistrado, que reforçou o caráter preventivo da prisão, e não punitivo.

Nota completa da defesa:

A defesa vem, por meio desta, manifestar-se acerca dos recentes fatos envolvendo a investigação sobre o ocorrido no interior da agência central dos Correios no dia 28/10/25.

Neste momento processual, é imprescindível adotar a devida cautela antes de se emitir qualquer juízo de valor. O inquérito ainda se encontra em fase de apuração, com diversas diligências pendentes que serão essenciais para o esclarecimento integral dos acontecimentos e para a busca da verdade real dos fatos.

A defesa reafirma seu compromisso com a atuação técnica e incessante na preservação dos direitos e garantias fundamentais da acusada, confiando que, ao final, a Justiça prevalecerá.