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Operação no Rio contra facções criminosas já registra 64 mortes

Com vias interditadas, Rio de Janeiro entra em estágio 2 de atenção

Estado do RJ
Por Redação
28 de outubro de 2025 - 16h35
Foto: Reproducao/TV Globo

Subiu para 64 o número de  mortos na Operação Contenção, nos complexos do Alemão e da Penha: dois deles são policiais civis e outros dois do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) em tiroteio na área de mata do Complexo do Alemão. A informação é do Palácio Guanabara. A Polícia Militar colocou de prontidão toda a tropa, mesmo o pessoal administrativo está convocado a comparecer aos quartéis. 

O número de presos já ultrapassa 100, muitos deles de uma facção criminosa do Pará, do norte do país, escondidos no Rio. Mais de  75 fuzis, além de pistolas e granadas foram apreendidos na ação até agora.

Com a operação Contenção realizada desde a madrugada de hoje (28) nos Complexos do Alemão e da Penha, zona norte da cidade, criminosos associados ao Comando Vermelho receberam ordens para provocar um caos na cidade, com o fechamento de principais vias da cidade. A facção fechou a Linha Amarela, uma das principais vias expressas da cidade, que liga a Barra da Tijuca e Jacarepaguá ao outro lado da cidade, na Ilha do Governador, na zona norte, cortando dezenas de bairros. A Estrada Salazar Mendes de Morais, que passa junto à  Cidade de Deus está fechada nos dois sentidos.

Estágio 2
O município do Rio de Janeiro entrou em estágio 2 de atenção, o que significa risco de ocorrência de alto impacto, por conta da operação das polícias Militar e Civil deflagrada nesta terça-feira (28) na região dos complexos da Penha e do Alemão. De acordo com o governo do estado, a ação mobiliza 2,5 mil policiais civis e militares para prender lideranças criminosas e impedir o fortalecimento do Comando Vermelho.

Segundo o Centro de Operações e Resiliência da Prefeitura do Rio de Janeiro, vias no entorno dos complexos do Alemão, Penha, Chapadão, São Francisco Xavier, na zona norte; Freguesia, em Jacarepaguá; e Taquara, na zona sudoeste, passam por interdições temporárias em função de ocorrências policiais.  

Segundo a Rio Ônibus, mais de 100 linhas tiveram os itinerários alterados. De acordo com a Mobi-Rio, os corredores Transbrasil e Transcarioca do BRT, além dos serviços de conexão do BRT, foram impactados pelas ocorrências.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) estão com as atividades acadêmicas suspensas. O mesmo acontece com as unidades estaduais da Faetec.

Comissão
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) informou, em nota, que acompanha “com extrema preocupação a escalada de violência provocada pela megaoperação”.

A comissão informou que vai oficiar o Ministério Público e as polícias Civil e Militar cobrando explicações sobre as circunstâncias da ação, “que transformou novamente as favelas do Rio em cenário de guerra e barbárie”.

Para a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, deputada Dani Monteiro (PSOL), “nenhuma política de segurança pode se sustentar sobre esse banho de sangue”.

“O Estado não pode continuar tratando a vida de todas as vítimas como descartável, nem as favelas como território inimigo ou palco de espetáculo. É preciso garantir a proteção de moradores e policiais, priorizando direitos, inteligência e planejamento em vez de violência e terror”, afirmou a deputada.

Comissão
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) informou, em nota, que acompanha “com extrema preocupação a escalada de violência provocada pela megaoperação”.

A comissão informou que vai oficiar o Ministério Público e as polícias Civil e Militar cobrando explicações sobre as circunstâncias da ação, “que transformou novamente as favelas do Rio em cenário de guerra e barbárie”.

Para a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, deputada Dani Monteiro (PSOL), “nenhuma política de segurança pode se sustentar sobre esse banho de sangue”.

“O Estado não pode continuar tratando a vida de todas as vítimas como descartável, nem as favelas como território inimigo ou palco de espetáculo. É preciso garantir a proteção de moradores e policiais, priorizando direitos, inteligência e planejamento em vez de violência e terror”, afirmou a deputada.

Fonte: Agência Brasil