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Doação de órgãos é tema de palestras no Beda

Encontro em Campos marca a campanha nacional “Doação de órgãos: precisamos falar sim” do Ministério da Saúde

Saúde
Por Redação
30 de setembro de 2025 - 16h30

Enfermeira Mônica Nunes, do INTO, palestrou no auditório do Beda (Fotos Isabel Calil)

Nesta sexta-feira (30), no auditório do Hospital Dr.Beda, a equipe da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do Grupo IMNE promoveu uma palestra sobre a importância da doação de órgãos e tecidos. O evento faz parte da campanha Setembro Verde, e contou com a participação do médico e cirurgião cardíaco Pedro Conte, e da enfermeira Mônica Nunes, do Banco de Tecidos do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO).

Cirurgião cardíaco Pedro Conte também fez palestra sobre doação de órgãos

Os palestrantes  compartilharam informações essenciais sobre conscientização, procedimentos e impacto na vida de pacientes. A diretora administrativa do Grupo IMNE, Martha Henriques, e o médico intensivista Elbo Batista também abordaram o tema junto aos colaboradores

A CIHDOTT é um grupo formado dentro dos hospitais com mais de 80 leitos, com o objetivo de organizar, captar e facilitar a doação de órgãos e tecidos para transplante no Brasil, articulando-se com as Outras Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) e a Central Estadual de Transplantes.

Médico intensivista do Beda, Elbo Batista, esclarece dúvidas
sobre captação de órgãos e tecidos

De acordo com especialistas e gestores do Ministério da Saúde, falar sobre doação de órgãos ainda é um tabu no Brasil. De cada 14 pessoas que manifestam interesse em doar, apenas quatro concretizam a decisão, e a recusa familiar segue como um dos principais obstáculos. A nova campanha nacional deste ano traz o tema: “Doação de órgãos: precisamos falar sim”, incentivando o diálogo entre famílias e a desmistificação do assunto.

Diretora administrativa do Grupo IMNE, Martha Henriques, com integrantes da CIHDOTT e palestrantes no Setembro Verde

Entre os motivos para a negativa estão crenças religiosas, receio de manipulação do corpo, desconfiança da assistência médica e a não compreensão da morte encefálica. A coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), Patrícia Freire, lembra que conversar é essencial: “Um dia, a família que doou órgãos pode precisar de um doador.”

No primeiro semestre de 2024, o SUS viabilizou 14,3 mil transplantes em todo o país, superando os 13,9 mil do mesmo período em 2023. Foram 4.580 órgãos e 8.260 córneas doados, com crescimento de 4,2% nos transplantes de órgãos sólidos. O SNT, maior programa público de transplantes do mundo, é financiado em 88% pelo SUS e conta hoje com 1.197 serviços distribuídos em 728 unidades habilitadas em todos os estados.