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Macaé é destaque em gestão fiscal e conquista segundo lugar no Estado, aponta Firjan

Segundo estudo, Macaé se destacou pela capacidade de gerar receitas próprias para custear despesas, com alto percentual de investimentos públicos

Desenvolvimento
Por Leonardo Pedrosa
19 de setembro de 2025 - 12h42
Foto: Rui Porto Filho

Macaé alcançou gestão de excelência no Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) 2024, com média de 0,9471. O município ficou em primeiro lugar no Norte Fluminense e em segundo em todo o Estado do Rio, atrás apenas de Niterói (1,0000). O resultado coloca a cidade na contramão de mais de um terço das prefeituras brasileiras, que apresentam situação fiscal difícil ou crítica, segundo o estudo.

O IFGF é elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro com base em dados oficiais e avalia quatro indicadores: autonomia, gastos com pessoal, liquidez e investimentos.

Macaé obteve nota 1,0000 em autonomia, gastos com pessoal e liquidez, e 0,7883 em investimentos, o que garante a classificação de excelência (pontuação acima de 0,8). A média dos municípios do Norte Fluminense foi de 0,5998, superior à média estadual (0,5587), mas ainda considerada situação fiscal difícil.

Foto: Josh

Com cerca de 264 mil habitantes, Macaé se destacou pela capacidade de gerar receitas próprias para custear despesas, com alto percentual de investimentos públicos.

“Macaé é o único município da região que segue na contramão da maioria: combinou excelente nível de autonomia e destinou um bom percentual da receita para investimentos públicos. Além disso, apresentou nota máxima nos outros dois indicadores do IFGF”, destaca o relatório.

Procurado pela reportagem, o prefeito Welberth Rezende comemorou a posição de destaque: “A gente fica muito feliz de poder estar recebendo essa informação, tendo as melhores avaliações do Estado de gestão fiscal, mostrando as políticas de responsabilidade para o dinheiro público e melhorar a vida do povo. Está no caminho certo”, disse.

No ranking estadual, apenas cinco municípios atingiram gestão considerada de excelência: Niterói (1,0000), Macaé (0,9471), Angra dos Reis (0,8630), Volta Redonda (0,8433) e São João da Barra (0,8061). No cenário nacional, o estudo mostra que mais de um terço das cidades brasileiras contam baixo nível de autonomia e forte precarização dos investimentos públicos.

Cidades da região investem pouco em gestão pública, aponta Firjan

Os municípios da região Norte Fluminense encerraram 2024 com IFGF médio de 0,5998 ponto. Apesar desse resultado indicar um desempenho superior à média do estado, o quadro resume uma situação fiscal difícil para os municípios da região.

A análise dos indicadores revela que, em média, nas cidades do Norte Fluminense houve excelência em gastos com pessoal (0,8269 pontos) e alto nível de liquidez (0,7257 pontos), sugerindo flexibilidade orçamentária e bom planejamento financeiro. O grande ponto de fragilidade da região está no nível crítico de investimentos (0,3351 pontos) e na baixa autonomia das prefeituras (0,5116 ponto).

Municípios da região / Divulgação: Firjan

O presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, falou sobre o contexto econômico: “Chama ainda mais atenção o fato de que esse péssimo resultado ocorreu em um momento de conjuntura econômica favorável e maior repasse de recursos. A sociedade precisa cobrar maior compromisso dos gestores com o dinheiro público”, alertou.

A pesquisa analisou dados de 5.129 municípios, com base no ano de 2024, e reforça que a eficiência fiscal dos governos locais é essencial para garantir competitividade e atrair investimentos.

Com informações da Firjan.