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Morre no Rio de Janeiro o cartunista Jaguar, aos 93 anos

Fundador de O Pasquim deixa um legado para o humor e a cultura brasileira

Obituário
Por Redação
25 de agosto de 2025 - 7h44

Reprodução Agência Brasil

O cartunista Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, conhecido como Jaguar, morreu neste domingo (24), aos 93 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado no Hospital Copa D’Or, onde recebia cuidados paliativos.

De acordo com boletim divulgado pela assessoria do hospital, o artista estava internado devido a uma infecção respiratória que evoluiu com complicações renais. “Nos últimos dias, estava sob cuidados paliativos. O hospital se solidariza com a família, amigos e fãs por essa irreparável perda para a cultura brasileira”, informou a nota.

Jaguar iniciou a carreira em 1952, quando trabalhava no Banco do Brasil, e conseguiu publicar seu primeiro desenho na coluna de humor Penúltima Hora, do jornal Última Hora (RJ). Mais tarde, passou a colaborar com a revista Manchete, na página dedicada ao humor. Seu pseudônimo, que se tornaria marca registrada, foi uma sugestão do colega Borjalo.

Durante a ditadura militar, Jaguar se destacou ao criar o personagem Sig, um ratinho que virou mascote do jornal O Pasquim, publicação da qual foi um dos fundadores. Sua atuação crítica rendeu prisões e processos durante o regime, mas também consolidou seu nome entre os maiores cartunistas do país.

Nas redes sociais, colegas e admiradores lamentaram a perda. O chargista Arnaldo Angeli Filho descreveu Jaguar como “o maior”, dono de um traço rebelde que revolucionou o cartum brasileiro. “Seguimos aqui com sua bênção”, escreveu.

A cartunista Laerte Coutinho o chamou de “mestre querido”, enquanto Allan Sieber lembrou que Jaguar chegou a editar um de seus livros quando ele se mudou para o Rio. Já Genildo Ronchi destacou a relevância internacional de seu legado. Em entrevista, Chico Caruso classificou a morte de Jaguar como “uma perda irreparável para o humor e para o Brasil”.

Fonte: Agência Brasil