Tema já abordado neste espaço há alguns anos, salvo engano em 3 página seguidas, para os supersticiosos o mês de agosto ultrapassou a metade – o que, sob esse prisma, é bom.
Na verdade, estreitamente à luz dos fatos, não há nada de errado neste agosto ou qualquer outro. Mas teve o Tarifaço. Que azar!
É um mês que pessoas morrem, que fatos marcantes ocorrem e que tragédias acontecem. Tanto em agosto, quanto nos demais.
Em agosto – Sobre os ombros de agosto pesam as mortes de figuras famosas como Marilyn Monroe, Roberto Marinho, Eduardo Campos, Euclides da Cunha, Jerry Lews, Friedrich Nietzsche, Ingrid Bergman, Princesa Diana, Lauren Bacall, Juscelino Kubitschek, Elvis Presley, Carmem Miranda, Silvio Santos, Rodolfo Valentino, Jô Soares, Dalva de Oliveira, Paulo VI, Antônio Ermínio, entre tantos outros – citando apenas alguns, de épocas e atividades diferentes.
Outros meses – Mas, nos demais 11 do calendário, o número de pessoas que morreram é semelhante: Kennedy, Martin Luther King, John Lennon, Abraham Lincoln, Chaplin, rainha Elizabeth, Nixon, papa Francisco, Vinícios de Moraes, Ary Barroso, Pelé, Airton Senna, Carlos Lacerda, Vinícios de Moraes, Floriano Peixoto, Elis Regina, Cacá Diegues, Lamartine Babo, Tom Jobim, Cartola, Tancredo Neves, José Saramago, Garrincha, Ulysses Guimarães e segue, igualmente sem cronologia, profissão, etc.
Num 24 agosto Vargas deu um tiro no peito e protagonizou, como dia único, o mais dramático episódio da história do País. Mas não nos esqueçamos que espalhados por outros meses estão grandes tragédias climáticas que mataram milhares e os piores acidentes da aviação.
‘Escaparam’ para setembro o início da 2ª Guerra Mundial e o ataque ao Word Trade Center. Em diferentes meses, tragédias como o incêndio do Gran Circus (Niterói), que matou 500 pessoas; o do Ed. Joelma (SP), que tirou 121 vidas. Outro incêndio na boate Kiss (RS), com 242 mortes. A catástrofe do Vale do Itajaí, o deslizamento em Petrópoles, o rompimento de Brumadinho, o vôo da TAM (junho der 2007), matando 199 pessoas.Entretanto, agosto é marcado pela ação mais ruidosa e aterrorizante da História: as bombas atômicas lançadas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, respectivamente nos dias 6 e 9 de 1945. Talvez o mais cruel evento de que se tem notícia e de incivilidade sem precedente. Pôs, contudo, fim à guerra.
Em nossos tempos, quando guerras voltam a espantar o mundo civilizado, ora pela invasão da Rússia à Ucrânia, ora pelos bombardeios no Oriente Médio que envolvem Israel, grupo palestinos, Irã, Líbano, Síria e outros, há de se temer que em agosto – que não foi o mês da invasão russa nem do ataque a Israel – por ser um mês marcado, algo ainda pior possa acontecer no conflito. De fato, não há indicação de nada nesse sentido.
Caiu para agosto, coitado, o Tarifaço de Trump – um banho de água fria na economia brasileira que já vinha cambaleante. Suas consequências e retrações ainda não podem ser avaliadas, mas já é visto no aumento do desemprego em alguns setores, sem que se saiba o quanto pode piorar o não piorar.