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Vetando o desenvolvimento

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Opinião
Por Redação
17 de agosto de 2025 - 0h01
Fotos: Silvana Rust

O veto do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao PL 1.440, que propõe considerar as regiões Norte/Noroeste Fluminense como área semiárida, na mesma proporção que foi infeliz, uniu os prefeitos dos 22 municípios e inúmeras entidades dos segmentos produtivos que apoiam a derrubada deste veto no Congresso Nacional.

O PL, que data de 2019, apresentado por Wladimir Garotinho, então deputado federal, foi amplamente discutido no Congresso Nacional e a última etapa foi a aprovação por unanimidade pelo Senado, um movimento deliberado pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ), que agora coordena a estratégia para a derrubada do veto.

O projeto é baseado em estudos técnicos de várias instituições, entre elas a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), que iguala o clima das duas regiões aos estados do Nordeste, passando a receber os mesmos benefícios fiscais, incentivos e financiamentos diferenciados no setor agrícola.

A resposta ao veto foi imediata, trazendo o senador Carlos Portinho por dois dias à região, onde se reuniu com prefeitos e representantes dos setores produtivos, não só o agrícola, mas todos que formam a cadeia de desenvolvimento.

Essa resposta imediata que veio na forma de notas de repúdios, entre elas a da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos, ilustra a união das forças produtivas na luta pelo desenvolvimento regional.

A observação de que quando o agronegócio vai bem, os reflexos são positivos nos demais setores da economia é perfeita.

Definitivamente foi um gesto infeliz do presidente da República, que se apresenta como sobrevivente de uma área semiárida, mais precisamente em Pernambuco. Essa infelicidade aumenta quando o assunto é mudança climática, que virou bandeira do presidente que vetou um projeto que admite exatamente isso.