O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) deu mais um passo rumo à neutralidade climática com a conclusão do Inventário de Emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) referente a 2024. O documento, elaborado pela Secretaria-Geral de Sustentabilidade e Responsabilidade Social (SGSUS) e supervisionado pela Comissão de Políticas Institucionais para a Promoção da Sustentabilidade (Cosus), servirá de base técnica para decisões e ações de redução e compensação das emissões.
Segundo o presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Couto de Castro, o inventário é “um compromisso público com a sustentabilidade”, permitindo à sociedade acompanhar, com transparência, o caminho até a neutralidade climática, prevista para 2030.
O levantamento foi feito conforme o padrão internacional GHG Protocol e abrangeu cerca de 170 unidades físicas, que somaram 17.415,74 toneladas de CO₂ equivalente emitidas em 2024. Do total, 53% correspondem a emissões diretas, como gases de sistemas de climatização e combustíveis da frota; 26% vieram do consumo de energia elétrica; 4% de fontes indiretas da cadeia de valor; e 17% de emissões biogênicas e gases não regulados pelo Protocolo de Quioto.
A quantidade equivale às emissões anuais de 37 mil residências do Rio, reforçando o perfil de impacto típico de grandes instituições de serviços. O inventário está disponível no portal do TJRJ e passará por verificação independente para garantir credibilidade.
O Plano de Descarbonização do TJRJ estabelece metas intermediárias para o biênio 2025-2026, incluindo:
As ações prioritárias envolvem eficiência energética (uso ampliado de fontes renováveis e modernização de sistemas), gestão de frota e mobilidade (veículos de baixa emissão e uso de biocombustíveis) e logística sustentável (coleta seletiva, gestão de resíduos e revisão de compras com critérios socioambientais).
O Tribunal já iniciou mudanças estruturais, como a troca de lâmpadas por modelos LED, instalação de telhados verdes e ampliação de painéis solares. Também avança em parcerias com o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro para plantio de mudas nativas e recuperação de áreas degradadas.
Com informações da Ascom