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Instituto resgata 214 pinguins em um mês na Região dos Lagos

Número de encalhes supera o de 2024; a instituição Albatroz alerta para cuidados ao avistar animais marinhos nas praias

Meio Ambiente
Por Redação
6 de agosto de 2025 - 9h08

Pinguins resgatados na Região dos Lagos (Divulgação Ascom

O Instituto Albatroz divulgou, nesta semana, o balanço do primeiro mês da temporada de encalhes de pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) nas praias da Região dos Lagos. Entre os dias 3 de julho e 4 de agosto, 214 pinguins foram resgatados nas áreas de monitoramento em Búzios, Cabo Frio e parte de Arraial do Cabo. Do total, 81 estavam vivos e 133 já sem vida.

Entre os animais vivos, levados para o Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) da instituição, em Araruama, 17 seguem em tratamento. Um deles, apelidado de “Alfacinha”, precisou de transfusão de sangue devido a um quadro grave de anemia e vem apresentando melhora.

A ação faz parte do Projeto de Monitoramento de Praias (PMP-BC/ES), executado pelo Instituto Albatroz e estruturado pela Petrobras como exigência do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama.

Todos os anos, entre junho e setembro, os pinguins migram da Patagônia em busca de alimento e temperaturas mais amenas. Muitos acabam encalhando nas praias, exaustos, desnutridos ou doentes. A maioria são juvenis, inexperientes e mais vulneráveis. Fatores como poluição, petrechos de pesca e mudanças climáticas agravam o cenário.

Em 2025, o número de resgates já ultrapassou os registros do mesmo período de 2024, quando foram encontrados apenas 54 pinguins entre julho e outubro. Por isso, o Instituto reforça a importância da colaboração da população. Ao avistar qualquer animal marinho encalhado — pinguins, tartarugas, aves ou mamíferos —, o cidadão deve acionar imediatamente a equipe do PMP pelo telefone 0800 991 4800.

A médica veterinária Daphne Goldberg, responsável técnica do Instituto Albatroz, orienta que não se tente devolver o pinguim ao mar, alimentá-lo, tocá-lo ou colocá-lo em gelo ou recipientes com água. “Esses animais já estão debilitados, com frio e estressados. Manipulá-los ou tirar fotos com eles pode piorar ainda mais o quadro clínico”, alerta.

O que fazer ao encontrar um pinguim na areia:
Ligue imediatamente para 0800 991 4800;

Não tente devolvê-lo ao mar ou tocar no animal;

Mantenha distância e afaste crianças, curiosos e animais de estimação;

Jamais coloque o pinguim em contato com gelo ou água.

Se o pinguim estiver no mar:
Se estiver nadando normalmente, provavelmente está saudável. Apenas observe, sem se aproximar.

Com sede em Cabo Frio, o Instituto Albatroz também desenvolve ações de educação ambiental e atua em 25 praias da Região dos Lagos, monitorando diariamente um trecho de 54 km de litoral com equipes a pé e em quadriciclos. A instituição é referência na conservação de albatrozes e petréis no Brasil e coordena o Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, com atuação também em Santos (SP), Itajaí e Florianópolis (SC) e Rio Grande (RS).

Para colaborar com o resgate e conservação da vida marinha, anote e compartilhe: PMP/Instituto Albatroz – 0800 991 4800.

Fonte: Ascom