O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta segunda-feira (28) da cerimônia de inauguração da Usina Termelétrica GNA II, localizada no Porto do Açu, em São João da Barra, no Norte Fluminense. O evento está marcado para as 11h e contará com a presença do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, além de outras autoridades.
Com 1,7 GW de capacidade instalada, a GNA II é considerada a maior e mais eficiente usina a gás natural do Brasil. O empreendimento integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e recebeu um aporte de R$ 7 bilhões, gerando cerca de 10 mil empregos ao longo de sua construção.
A nova termelétrica tem potencial para fornecer energia elétrica a aproximadamente 8 milhões de residências, reforçando a segurança do sistema energético nacional e contribuindo para a transição energética do país.
A UTE GNA II Geração de Energia S.A. recebeu autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para iniciar sua operação comercial a partir de 31 de maio de 2025. Com 1.673 MW de capacidade instalada, a usina representa um investimento de R$ 7 bilhões e se consolida como a maior termelétrica a gás natural do país, localizada no Porto do Açu, em São João da Barra, no norte fluminense.
Reconhecida como projeto estratégico do Novo PAC do Governo Federal, a usina tem capacidade para abastecer cerca de 8 milhões de residências, o equivalente a 10% da geração a gás da matriz elétrica nacional. Operando com gás natural — combustível considerado chave na transição energética — a GNA II oferece uma fonte firme e mais limpa de energia, independente de fatores climáticos.
A entrada em operação da GNA II marca a consolidação do maior complexo termelétrico da América Latina, somando 3 GW de capacidade instalada com a UTE GNA I, em funcionamento desde 2021. Ambas estão conectadas ao terminal de GNL (gás natural liquefeito) de uso privado.
“Celebramos hoje o início da operação comercial da nossa segunda usina, a GNA II, que nos torna uma empresa 100% operacional, com 3 GW instalados. É um marco que reforça nossa contribuição ao Sistema Interligado Nacional”, afirmou Emmanuel Delfosse, CEO da GNA.
Eficiência e sustentabilidade
A UTE GNA II utiliza tecnologia de ciclo combinado, com três turbinas a gás e uma a vapor, alcançando eficiência superior a 60%. Isso permite a geração de 572 MW (35% da capacidade total) sem consumo adicional de gás, reduzindo emissões. A planta também foi projetada para operar com até 50% de hidrogênio e utiliza quase 100% de água do mar dessalinizada, minimizando o impacto sobre os recursos hídricos.
Durante a construção, foram gerados cerca de 10 mil empregos. Para preparar a mão de obra local, a GNA ofereceu 450 vagas em cursos de qualificação profissional gratuitos, com 41% das vagas ocupadas por mulheres. Outro destaque é a marca de 20 milhões de horas trabalhadas sem acidentes com afastamento.
Perspectivas de expansão
A GNA já possui licença ambiental para ampliar em mais 3,4 GW sua capacidade, podendo alcançar até 6,4 GW. A localização no Porto do Açu favorece a criação de um hub de gás e energia com potencial para atrair indústrias e promover o desenvolvimento socioeconômico do estado e do país.
A composição acionária da empresa reúne bp, Siemens Energy e SPIC Brasil, líderes globais em suas áreas. A união dessas companhias garante conhecimento técnico, solidez financeira e compromisso com a transição energética.
“O projeto entrega soluções que transformam vidas e reforça o nosso propósito de fornecer energia segura e limpa”, disse Andres Guevara, presidente da bp no Brasil.
André Clark, vice-presidente sênior da Siemens Energy para a América Latina, afirmou que “a GNA II é um marco sem precedentes para o setor energético, com turbinas de altíssima eficiência, perto dos centros de consumo”.
Já Adriana Waltrick, CEO da SPIC Brasil, destacou o papel das térmicas a gás na estabilidade do sistema elétrico e no suporte à expansão das renováveis: “Com uma matriz diversificada e bem planejada, avançamos rumo a um futuro mais sustentável”.
Sobre a GNA II
A GNA II integra o maior parque de geração a gás natural da América Latina, que inclui a UTE GNA I (1,3 GW) e um terminal de regaseificação de GNL com capacidade de 21 milhões de metros cúbicos por dia. Juntas, as duas usinas podem atender aproximadamente 14 milhões de residências, reafirmando o protagonismo do complexo na matriz energética brasileira.
Com informações da Ascom e Presidência da República