×
Copyright 2024 - Desenvolvido por Hesea Tecnologia e Sistemas

CEASCAM (antiga CEASA) abre nova frente de desenvolvimento para Campos

Iniciativa vem da Secretaria de Abastecimento e Pesca, comandada pelo vereador Nildo Cardoso

Guilherme Belido Escreve
Por Guilherme Belido
21 de julho de 2025 - 14h33
Nildo Cardoso

Representando enorme avanço para o desenvolvimento de Campos, particularmente na geração de emprego e abertura para vultosos investimentos, a Prefeitura vai reativar o antigo CEASA, agora com nome de CEASCAM, através da pasta de Abastecimento e Pesca. O empreendimento é sobremaneira importante para a economia do município, particularmente no que tange a seu perfil histórico – Agricultura – bem como o setor pesqueiro.

Beneficiando diretamente os trabalhadores do campo e pescadores, o Centro de Abastecimento de Campos terá como funções estruturais o alicerce e o apoio da produção local, elevando a renda dos que direta e indiretamente estejam ligados àquele que é um dos principais segmentos de trabalho da região. 

Do planejamento à execução, à frente da iniciativa está o vereador Nildo Cardoso, que logo no início de agosto assume a importante Secretaria que vai comandar o complexo de 240 mil metros quadrados e colocar em prática a primeira etapa da obra.

O novo secretário destaca que se vê diante de um sonho de 12 anos, o que aumenta sua responsabilidade em dar à CEASCAM o maior aproveitamento possível, elevando a oferta de emprego e atraindo novos investimentos. Para mostrar a potencialidade, Nildo dá como exemplo Cariacica (ES), que em 110 mil m2 de área construída emprega cerca de 4 mil pessoas, com faturamento na ordem de R$ 5 bilhões por ano. De imediato, o secretário programa viajar para os centros mais qualificados do setor e assim garantir excelência para o órgão.

O tarifaço de Trump

EXPORTAÇÕES|Tarifas de Donald Trump podem impactar o Agro, petróleo bruto e aeronaves, entre outros

Para uma fatia de economistas, analistas de mercado e cientistas políticos – já que os temas se misturam, indevidamente – ainda vai passar muita água debaixo da ponte até que presidente americano faça algum ajuste no desvairado tarifaço de 50% que impôs ao Brasil.O presidente Lula da Silva também precisa abrandar um pouco sua reação inicial de confronto. A isso se chama negociar. Ninguém ganha muito, ninguém perde muito.

De toda sorte há muita especulação quanto ao volume de perdas, não só quanto ao PIB brasileiro – que pode ser reduzido em 0,2 ponto percentual este ano e 0,3 em 2026 – como em relação ao valor do dólar. Há, também, a questão da moda brasileira, que teria que se desvalorizar em 5,5% para compensar as perdas nas exportações. Com o tarifaço/Trump, acredita-se na possibilidade de que o saldo na balança comercial cairá 9,4 bilhões de dólares em 12 meses.

Embraer pode perder R$ 20 bilhões nos próximos 5 anos

O impacto sobre a economia brasileira que, necessariamente, a tão longe não deverá ir, neste primeiro momento provoca um turbilhão de incertezas e, no quadro tal como ora se apresenta, as calculadoras só fazem conta de subtração.

A Embraer, por exemplo, na condição de uma das maiores empresas exportadores do País, já contabiliza – entre realidade e pessimismo – perder 2 bilhões de reais somente nestes últimos meses de 2025, advertindo que nos próximos 5 anos a perda poderá chegar a R$ 20 bilhões.

Cortes e demissões – Acontece que os Estados Unidos são o principal mercado da Embraer, respondendo por 45% das vendas de jatos comerciais e nada menos que 70% de jatos executivos. Percentuais tão elevados justificam a empresa sofrer recuos bem mais significativos do que outros segmentos.

O tarifaço, que a princípio está marcado para entrar em vigor 1º de agosto, traria de volta um cenário semelhante ao da Covid-19, quando a Embraer amargou queda de 30% e precisou demitir aproximadamente 25 mil funcionários.

De acordo com a diretoria, e tomando por base contexto bem gravoso, a prevalecer a tarifa de 50% haveria cancelamento de pedidos, atraso nas entregas, demissões e suspensão de investimentos.

Francisco Gomes Neto, CEO da empresa, advertiu, também, que o tarifaço afetaria a produção de peças nos EUA, considerando que os fornecedores locais trabalham diretamente com a Embraer. Até agora, nenhuma empresa adiou ou cancelou pedidos – o que não deixa de ser uma boa notícia, levando em conta os 10 dias que restam para a anunciada tarifa passar a valer.

QUAEST: Desaprovação de Lula cai para 53%

Como esperado face aos últimos acontecimentos, a pesquisa Genial Quaest, já fartamente divulgada ao longo da semana, teve como principal resultado, entre os vários itens consultados, a queda da reprovação do governo de Lula de 57% (junho/2025), para 53% entre os eleitores brasileiros. Na prática, a diferença é mínima: 4 pontos. Mas, se não recuasse, talvez fosse para patamar inverso, chegando na casa dos 60%.

Desde o início de 2025, a desaprovação ao governo Lula vem subindo nos mais diferentes institutos de pesquisa. A Atlas Intel de janeiro captou 49,8% de desaprovação. Nos meses seguintes, os números não melhoraram e no início de junho a Quaest registrou o recorde: 57%

Agora, impulsionado pelo discurso de pobres contra ricos e pelo tarifaço de Trump, Lula respirou. Por outro lado, 43% dos entrevistados acreditam que a economia vai piorar, contra 35% que acham que irá melhorar.

Resta torcer para que desaprovação continue caindo, que a aprovação suba e que ambos reflitam um Brasil melhor, com queda de inflação, de juros e cenário político menos conflituoso

AGU em favor de Janja ser contestada

Com busca incessante por holofotes e colecionando polêmicas, em termos gerais parece fora de dúvida que a primeira-dama, Janja Lula da Silva, mais prejudica do que ajuda a imagem do presidente. E isso, o tempo todo.

Em mais um desgaste para o Palácio do Planalto, um advogado e um vereador ingressaram na Justiça questionando o uso de dinheiro público usado para agendas internacionais de Janja, bem como a utilização de aviões da FAB. Os autores ainda querem impedir que a Advocacia Geral da União atue em favor de Janja, por entenderem que não há amparo legal para que AGU faça a defesa pessoal de Janja no caso.

Conforme publicado em O Globo, o vereador de Curitiba, Guilherme Kilter, e o advogado Jeffrey Chiquini, questionam que o uso de dinheiro público para custear as despesas internacionais de Janja constituem “afronta direta aos princípios constitucionais da legalidade, moralidade, impessoalidade e eficiência administrativa”, já que ela seria uma pessoa “sem vínculo com o serviço público.

Lula veta aumento no nº de deputados

Tentando turbinar sua imagem no vácuo da ligeira melhoria de 4 pontos captada pela pesquisa Genial Quaest – muito embora a reprovação de 53% ainda seja sobremaneira desfavorável, mas abaixo dos 57% de junho – o presidente Lula vetou o projeto de lei que aumentou o número de deputados de 513 para 531. A resposta do deputado Hugo Motta foi imediata: a Câmara aprovou projeto de lei que permite o uso do fundo social para financiar dívidas de produtores rurais. A pauta-bomba tem um impacto de R$ 30 bilhões sobre o governo, que vai precisar arcar com mais esse ônus. O projeto-retaliação da Câmara ainda precisa ser votado no Senado.