É preciso reconhecer já, sem mais demora, o furacão que envolve o Brasil antes que o descontrole e a insegurança tomem conta do País que poderá vir a enfrentar a pior crise de sua história.
A realidade é assustadora: as duas principais lideranças do Brasil – os dois nomes que têm a absoluta preferência do eleitor – atolados. Pelo lado do presidente Lula da Silva, as recentes pesquisas mostram desaprovação recorde nos mais diferentes cenários.
Segundo a Genial Quaest, 57% de reprovação. Na real, vai se consolidando o desastre do governo, que nos dois últimos meses conseguiu aumentar em 1% o que já era devastador.
Na região Sudeste a reprovação é de 64%. A pesquisa também captou que hoje mais brasileiros consideram o governo Lula pior que o anterior, respectivamente 44% contra 40%. Já de acordo com o Poder360, entre católicos, pela 1ª vez a rejeição ao governo supera a aprovação – 48% contra 45%. O mesmo instituto também apurou que para 46% dos brasileiros a corrupção aumentou, enquanto apenas 21% avaliam que diminuiu.
O outro lado da moeda também está encardido. Bolsonaro não tem como reverter a inelegibilidade e pode estar perdendo força como líder da direita que vai indicar o candidato. O episódio Zambelli, ainda que desconectado do ex-presidente, não ajuda, e esta semana, entre os dias 9 e 13, o STF começa a ouvir os depoimentos do chamado Núcleo 1 da suposta trama golpista. Bolsonaro vai depor perante o ministro Alexandre Moraes com chances mínimas de reverter o que lhe é imputado. O STF vai transmitir ao vivo os depoimentos.
Enfim, é como estamos. Entre Lula e Bolsonaro, noves fora, só sombras.
Condenada pelo STF a 10 anos de prisão, a deputada Carla Zambelli errou ao assumir posição arrogante e prepotente dizendo que “na Itália é intocável”. Que foi uma fuga, não há dúvida. Mas deveria ter mantido o discurso fajuto de que saiu do país normalmente, com passaporte, para tratamento de saúde. E manter isso.
Mas, ao contrário, Zambelli resolveu atacar sem a menor cerimônia a Justiça brasileira ao dizer que “é intocável”. Em gesto desafiador, disse que por ser cidadã italiana, “não há o que Moraes [ministro Alexandre Moraes] possa fazer para me extraditar”.
Ora, fugir ou não, é uma opção dela. Mas, ao invés de disfarçar, de evitar a palavra “fugir”, tangenciando como ser fosse apenas uma viagem, Zambelli não só acirra os ânimos como desnuda postura de fora da lei.
O resultado é que o STF terá mais empenho em conseguir a extradição da condenada, além do que não há segurança sobre o fato de que não poderá ser extraditada. Errou feio.
“O Beijo”, uma imagem emblemática que marcou o fim da Segunda Guerra Mundial, foi tirada em Nova York, na Times Square, em agosto de 1945, pelo fotógrafo Alfred Eisenstaedt.
A foto ganhou fama por ter saído da capa da revista Life e, nas décadas seguintes, reproduzida no mundo todo. Nada foi programado. O fotógrafo estava passando, viu aquele gesto espontâneo de alegria – um beijo de felicidade entre um marinheiro e uma profissional da saúde, possivelmente uma enfermeira ou assistente de consultório dentário – comemorando a vida e a liberdade com o fim dos seis anos sombrios do conflito armado e o alvorecer de uma nova era.
Na verdade, nunca houve confirmação exata sobre a identidade da moça. De início, pensou-se tratar-se da enfermeira Greta Friedman. Décadas depois, especulou-se o nome de Edity Shain. Na época, várias moças chegaram a se apresentar alegando serem elas na foto. Afinal, era óbvio que aquela imagem abriria portas para a fama.
“Ato machista” – Agora, decorridos 80 anos, passou-se a questionar o que isoladamente chegou a ser comentado há várias décadas: o beijo não foi consensual.
Fala-se em “assédio” – uma mulher beijada à força por um homem embriagado. Um ato “machista de invasão de intimidade.”
Hoje, contudo, vê-se o ‘sinal dos tempos’: “The Kiss”, uma imagem que transborda alegria, festejada e comemorada – símbolo da vitória dos aliados sobre opressores sanguinários que queriam impor seus domínios tirânicos, passa a ser questionado.
Mais um pouco e talvez estejamos a falar em “estupro”
O ministro André Mendonça, do STF, declarou semana passada (04) que a liberdade de expressão é um instrumento coletivo, ressalvando, contudo, que todos são responsáveis pelo conteúdo postado.
Lembrou que a Justiça Eleitoral brasileira é confiável e digna de orgulho, mas é um direito do cidadão brasileiro desconfiar dela. Para o ministro, “a liberdade de expressão tem uma dimensão coletiva e a sua conservação protege toda a sociedade que tem pelo canal da livre manifestação de ideias e pensamentos assegurado o acesso à informação”.
A questão inflacionária do Brasil é tão atípica que até mesmo os produtos que tiveram redução de preço, continuam com queda também de consumo.
A situação segue inalterada desde 21 de maio passado, quando pesquisa relatou que apesar da queda nos preços das carnes bovina e suína de 8,9% nos 4 primeiros meses do ano, ainda assim, a retração no consumo foi de 7,9%.
É um indicativo preocupante: o preço cai, mas o consumo não sobe. Por outro lado, legumes, verduras e ovos tiveram aumento de venda em torno de 6,4% nos supermercados.
Em meio à crise de um País dividido por polêmicas, em que até mesmo a harmonia entre os poderes pode ser relativizada particularmente via os embates entre o Legislativo e o Judiciário – o que, evidente, não é dito claramente, mas nas entrelinhas – algumas publicações insistem, semana sim outra também, em tratar de assuntos, para dizer o mínimo, ridículos.
Então, vejamos: 1) Nos últimos dias, Paolla Oliveira engordou 300 gramas ou emagreceu meio quilo? Qual a última treta entre Angélica e sua nora? Que nova carta de Silvio Santos endereçada às filhas vai ser “revelada” esta semana? Qual a última novidade Datena vai mostrar sobre sua saída do SBT? Dureza!
O cantor e compositor João Gilberto, um dos nomes mais influentes da história da música brasileira, completaria 94 anos nesta terça-feira, 10.
Morto em junho de 2019 aos 88 anos, o baiano de Juazeiro conquistou para si lugar único no topo da prateleira por ter sido o único músico a criar um novo estilo musical que revolucionou a MPB: a Bossa Nova.
De seu vasto legado destaca-se o álbum “Chega de Saudade”, gravado pela primeira vez em 1957 na voz de Elizeth Cardoso e que apresentou ao mundo a Bossa Nova. João Gilberto completou a triologia de ‘Chega de Saudades” em 1959 e 61 com a inclusão de Tom Jobim e Vinícios de Moraes.
Figura excêntrica e fora dos padrões, nos últimos anos de vida envolveu-se em polêmicas com gravadoras e com a família.
No contexto geral, João Gilberto foi um gênio.