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A IA como ferramenta de trabalho

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Opinião
Por Redação
27 de abril de 2025 - 0h01
Foto: Silvana Rust

A interferência da Inteligência Artificial (IA) no mercado de trabalho é um fenômeno transformador e assustador para muitos. Mas vamos esquecer a palavra “assustador” e focar no “transformador”, tema de destaque nessa edição do J3 News.

Ao automatizar processos cognitivos antes exclusivos à ação humana, a IA amplia a produtividade ao mesmo tempo em que suscita questionamentos éticos e sociais, que aos poucos o mercado vai respondendo.

Embora relatórios globais apontem a possibilidade de criação de novas carreiras e incremento, não se pode negligenciar os impactos sobre profissões convencionais.

A substituição de atendentes de telemarketing ou motoristas por sistemas autônomos evidencia o risco de desvalorização do trabalhador a título de exemplo do que pode acontecer amanhã. Então, hoje, é hora de se preparar para essa transformação.

Nesse cenário, torna-se necessária a revisão das políticas educacionais, focando-se no desenvolvimento de competências críticas, criativas e interpessoais.

A IA deve ser encarada como instrumento complementar, enfatizando a colaboração entre máquina e indivíduo.

No campo do design, por exemplo, ferramentas algorítmicas aceleram a prototipagem, mas não podem suplantar o discernimento estético do profissional. No jornalismo, a automação de análise de dados não substitui a apuração rigorosa e o julgamento editorial responsável.

Em última instância, a reflexão sobre IA deve ser, sim, humanizada: empatia, ética e criatividade.

Somente ao valorizar tais qualidades pode-se construir um mercado de trabalho que some eficiência tecnológica com dignidade e realização humana.