Quando em 24 de fevereiro de 2022 as tropas de Vladimir Putin invadiram o território da Ucrânia, os russos faziam conta de que o conflito estaria concluído em dias, no máximo, semanas. E não era para menos. A diferença brutal de poderio militar entre os dois países mostrava-se absurda. E ainda é.
Há 3 anos a Rússia, talvez sonhando em reviver os anos de domínio da antiga União Soviética, dispunha de 1.500 aviões de ataque, contra 90 da Ucrânia – quase 17 vezes o número de aeronaves. Putin contava com 500 helicópteros; a Ucrânia, 30. Da mesma forma, o número de tanques confirmava a diferença avassaladora: 12 mil contra 2.500. A Rússia contava com 900 mil soldados na ativa. A Ucrânia, 200 mil.
Baixas imprecisas
Passado esse tempo, não é possível precisar a diferença entre o arsenal bélico do país invasor relativamente à Ucrânia invadida. Mais que lógico, não deve ser o mesmo. Porém, é certo que com muito mais baixas do que calculava e a resistência Ucrânia infinitamente maior do que se imaginava, a Rússia ainda tem muito mais força e a Ucrânia sofre a devastação não experimentada pelo território russo.
A perseverança do presidente Zelensky e do povo ucraniano – contando com a ajuda armamentista dos EUA e outros países – é que deram fôlego para que a Ucrânia não cedesse e, ainda que com suas principais cidades sobremaneira massacradas, esteja resistindo.
Ainda assim, não se pode negar a negligência do ex-presidente Joe Biden e dos países da Otan, que há muito deveriam ter percepção das reais intenções de Putin, camufladas sob argumentos mentirosos.
Início – Antes da invasão propriamente dita, claro estava que Putin ambicionava as usinas nucleares ucranianas e mirava na agricultura avançado do país, considerado celeiro de grãos da Europa. Mas preferiam olhar para o outro lado.
Em nova ofensiva, mísseis russos mataram mais de 30 pessoas
Num dos ataques mais ferozes desde o início do conflito, a Rússia lançou mísseis balísticos que atingiram em cheio a cidade de Sumy, ao Noroeste do país. Mais de 30 pessoas morreram e o número de feridos chegou perto de 120, incluindo crianças.
Logo, ao mesmo tempo que informações dão conta de que um cessar-fogo vem sendo costurado, a Rússia, em sua delirante vocação expansionista, não recua de tentar subjugar e anexar o país vizinho. Assim, vai prolongando o conflito no Leste Europeu como não se via desde a Segunda Guerra Mundial.
Ação covarde – Para Zelensky, ficou claro que o ataque em um dia que as pessoas vão às igrejas, o ‘Domingo de Ramos’, demonstra a atitude deliberada do ato terrorista, posto em prática para matar pessoas inocentes. O prefeito de Sumy disse que a comunidade vivenciou uma tragédia sem precedentes e o enviado dos Estados Unidos considerou que o ataque “ultrapassou os limites da decência”
A marca da selvageria – Desde o começo da invasão, os ataques trouxeram à tona sentimentos como a incivilidade do mandatário russo; a hipocrisia dos líderes governamentais que fingiram não ver o que estava à espreita; e a omissão – que tanto pode ser entendida como a falta de coragem de levantar armas contra um agressor fortemente armado, quanto de não dar motivos para o uso de armas nucleares.
A guerra de Putin começou sem dó nem piedade, trazendo horror à cidade de Mariupol, primeira a ser atacada. Na época, o prefeito descreveu as cenas de terror. “Destruíram pontes e esmagaram trens. Não podemos retirar mulheres, crianças e idosos. Estamos sendo aniquilados”.
Meses depois de iniciada a invasão, ficou marcada a fala de quem previu o pior: “A Rússia não pode conquistar a Ucrânia cidade por cidade, rua por rua, casa por casa.” É o que, desde então, vem ocorrendo.
Pura perda de tempo
Michelle Bolsonaro não há de ter pensado direito quando resolveu dar atenção e processar José de Abreu – esse grande expoente da dramaturgia brasileira – mais conhecido por ter cuspido no rosto de um casal que jantava num restaurante paulista, em abril de 2016.
Quando o homem que sofreu a cusparada levantou da cadeira e partiu pra cima do cuspidor, Abreu ficou se escondendo atrás de um funcionário para evitar o revide, conforme publicou a Veja. A cena asquerosa foi filmada e viralizou nas redes sociais.
Semana passada Michelle ingressou com ação judicial na Vara Criminal do Rio de Janeiro por injúria. A ex-primeira-dama se sentiu ofendida publicamente e desrespeitada em sua fé. É um direito dela, mas perdeu tempo porque provavelmente não vai dar em nada. (‘Coisa de rede social).
Sobre sua imagem (ao lado), talvez seja oportuno dizer que é mais feio por dentro do que por fora.
Armínio Fraga fala em congelar salário mínimo por 6 anos: viajou na maionese
Em recente conferência na Universidade de Harvard, nos EUA o ex-presidente do Banco Central, economista Armínio Fraga, defendeu uma proposta que não encontra respaldo em nada que faça sentido. Para ele, a medida faria melhorar as contas da Previdência Social.
Salvo se em ‘economês’ indecifrável, salta claro que a sugestão atingiria em cheio os mais necessitados, que ficariam a cada ano mais pobres, até não ter o que comer. De mais a mais, é bom lembrar que o Brasil tem, em dólares, um dos salários mínimos mais baixos da América do Sul e Central. Logo, espremer ainda mais a renda seria trágico também para a economia, na esteira da redução de consumo em setores essenciais.
Evidente, Armínio viajou na maionese.