A soja colhida em Campos tem um destino certo: o Porto do Açu. A proximidade de pouco mais de 40 km com o terminal portuário no litoral de São João da Barra tem sido apontada como um dos principais diferenciais do grão produzido em Campos. A logística, com maior facilidade no escoamento, contribui para garantir maior margem de lucro aos produtores.
Segundo o produtor rural Geraldo Gonçalves, da Fazenda Santa Helena, essa vantagem geográfica é o que torna a produção local promissora.
“A logística para o Açu é muito boa. A gente levava para o Porto de Santos, mas perdia muito por causa do frete. Então, o Porto hoje é o melhor dos mundos e um dos principais potenciais para soja da nossa região, porque não tem custo de frete. Se vendemos a R$ 127, temos um frete de R$2, ou seja, vendemos 125. Antes o custo seria de R$15. Isso é ótimo. A soja mais perto de um Porto no Brasil é a de Campos, por isso a visão de futuro da soja aqui é muito boa”, disse Geraldo.
Além de maior lucro, a economia no transporte também amplia a competitividade da soja campista no mercado internacional. Só neste mês, 1,9 mil tonelada do grão produzido em Campos será exportada do Porto do Açu com destino à Rússia.
O presidente do Sindicato Rural de Campos, Ronaldo Bartholomeu, confirma que o acesso ao porto tem acelerado o crescimento da soja na região.
“O Porto do Açu também tem sido um diferencial logístico fundamental. Hoje conseguimos tirar a produção com rapidez e a um custo mais baixo. A redução nos custos com transporte em relação a outras rotas ajuda o produtor a ter mais margem e dá viabilidade para o crescimento da soja na região”, reforça Bartholomeu.