O empreendedorismo social tem ganhado destaque como uma ferramenta para transformar realidades e reduzir desigualdades. Diferente do modelo tradicional, o empreendedorismo social busca novas soluções para problemas estruturais da sociedade, muitas vezes suprindo lacunas deixadas pelo poder público. Seja na educação, saúde ou geração de emprego, iniciativas desse tipo promovem impactos diretos, beneficiando comunidades em geral.
Um dos desafios do setor é a participação feminina. Apesar dos avanços, as mulheres ainda enfrentam barreiras para ocupar espaços de liderança, seja no empreendedorismo, seja na política. Entretanto, o cenário vem mudando. Cada vez mais, surgem iniciativas voltadas para capacitação e incentivo à participação feminina.
Érica Viana, ativista política e empreendedora social, tem se dedicado a fortalecer a presença feminina nesses espaços. Sua trajetória começou com trabalhos sociais ligados à Igreja Católica, o que despertou seu interesse pela política e pela atuação em causas públicas. Ela acredita que o primeiro passo para quem deseja empreender socialmente é conhecer as necessidades da própria comunidade e se aprofundar nos valores culturais e históricos do país. Além disso, destaca a importância de entender a legislação municipal e participar das sessões da Câmara de Vereadores.
“Minha jornada no empreendedorismo social começou na Igreja Católica, através da missão com a juventude. Isso me fez estudar mais sobre a Doutrina Social da Igreja e a política partidária. No aspecto prático, é essencial conhecer a Lei Orgânica do município, acompanhar as sessões da Câmara de Vereadores e entender quais problemas você pode ajudar a resolver”, explica. Ela também destaca a importância das redes sociais como ferramenta para mobilizar pessoas e formar comunidades engajadas.
Sobre o impacto do empreendedorismo social, Érica acredita que ele fortalece a autonomia das pessoas e reduz a dependência do Estado. “Vejo como uma grande chance de indivíduos e organizações assumirem o protagonismo na busca por soluções para problemas da sociedade, muitas vezes, independentemente do governo”, afirma.
Érica defende a necessidade de políticas públicas que garantam maior representatividade. “A cota de candidatas nos partidos foi um avanço, mas muitas mulheres ainda são usadas apenas como ‘escada’ para outros candidatos. Precisamos ir além e garantir uma cota de cadeiras femininas nas casas legislativas”, argumenta. Ela também destaca a importância de programas de capacitação e redes de apoio para incentivar mais mulheres a ingressarem na vida pública.
Érica reforça que seu objetivo é contribuir para uma sociedade mais justa, fortalecendo iniciativas que promovam educação, cultura e empreendedorismo. “Quero ser lembrada como alguém que dedicou sua vida a servir sua cidade e seu país, sempre com integridade, amor ao próximo e compromisso com o bem comum”, conclui.
