Um grupo de moradores e defensores da praia percorreu, na manhã deste domingo (23), as ruas de Atafona, em São João da Barra, para alertar sobre o avanço da erosão costeira. O movimento, chamado SOS Atafona, reuniu manifestantes com faixas, cartazes e um carro de som para pedir ações urgentes das autoridades.
Desde a década de 1950, a localidade sofre com a força do mar, que já destruiu ruas, casas e prédios inteiros. Nas últimas semanas, o fenômeno voltou a se intensificar, gerando preocupação entre os moradores, que temem perder seus imóveis. Além disso, o grupo destaca a necessidade de preservar a região para as futuras gerações, garantindo a manutenção da paisagem e da história local.
Sob sol forte, os manifestantes vestiram camisas personalizadas, entoaram o hino de Atafona e pediram apoio da população e dos visitantes. A região atrai turistas e curiosos ao longo do ano justamente pelo impacto da erosão.
Atafona abriga a foz do Rio Paraíba do Sul, o mais importante do estado do Rio de Janeiro. Os participantes do protesto reforçaram a necessidade de ações governamentais que freiem a destruição da orla e protejam a comunidade local.
Prefeitura reforça compromisso em conter erosão
Durante a manifestação do movimento SOS Atafona neste domingo (23), representantes da Prefeitura de São João da Barra reafirmaram o compromisso da prefeita Carla Caputi com ações para conter a erosão costeira. A secretária de Meio Ambiente e Serviços Públicos, Marcela Toledo, o superintendente Especial de Gabinete, Rodrigo Florencio, e o subsecretário de Turismo, Fábio Pedra destacaram a importância do estudo técnico que embasará a busca por recursos para a obra de contenção.
O ato, realizado entre os trevos do “Jacuy” e “Cuíca”, contou com discursos de autoridades e lideranças comunitárias. Sônia Ferreira, do SOS Atafona, ressaltou a necessidade de união entre poder público e sociedade civil para fortalecer a luta em esferas estadual e federal.
Marcela Toledo anunciou a publicação do edital de licitação para a realização do estudo, orçado em R$ 4 milhões, com financiamento da Prefeitura e do deputado federal Murillo Gouvêa. Segundo ela, a pesquisa será essencial para alinhar as ações locais às diretrizes federais e garantir soluções eficazes e sustentáveis para o avanço do mar.
Florencio enfatizou que a erosão será enfrentada com base na ciência, na mobilização popular e na vontade política. Já a secretária reforçou que a Prefeitura tem liderado iniciativas de monitoramento e planejamento, mas que a colaboração entre todas as esferas governamentais será decisiva para a proteção do litoral sanjoanense.