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Ação de combate ao trabalho infantil mobiliza Centro e Pelinca

Equipes do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil participam de campanha de conscientização da população

Campos
Por Redação
19 de fevereiro de 2025 - 11h22

Menino vende balas em cruzamento da cidade de Campos
(Foto/Silvana Rust/Ilustração)

A Prefeitura de Campos, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social, realiza nesta semana mais uma ação de combate ao trabalho infantil. As equipes do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (AEPETI) e dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) promoveram abordagens a pais e responsáveis, além de panfletagem e adesivação, para conscientizar a população sobre os impactos negativos dessa prática.

As atividades ocorreram no Centro da cidade e na região da Pelinca, com a presença do secretário de Desenvolvimento Humano e Social, Rodrigo Carvalho. Ele ressaltou a importância de sensibilizar a comunidade sobre essa violação de direitos. “O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que a proteção integral da criança é dever da família, da sociedade e do Estado. Muitas pessoas acreditam que a criança está apenas ajudando os pais, mas o lugar dela é na escola. Já os adolescentes podem trabalhar dentro da legalidade, por meio de programas como o Jovem Aprendiz. Essa ação, determinada pelo prefeito Wladimir Garotinho, visa orientar e, se necessário, acionar os órgãos competentes”, afirmou.

Integrantes do Peti de Campos nas ruas da cidade em campanha de conscientização

A coordenadora do AEPETI, Renata Amaral, destacou que o programa realiza abordagens em pontos estratégicos para conscientização e identificação de casos de exploração infantil. Segundo ela, é essencial que a população não compre produtos vendidos por crianças nas ruas. “Recebemos muitas denúncias de menores vendendo balas, água e pedindo dinheiro no centro da cidade. Precisamos agir em duas frentes: conscientizar os responsáveis e evitar que adultos incentivem essa prática ao comprar produtos vendidos por crianças”, explicou.

Quando um caso de exploração infantil é identificado, os órgãos competentes são acionados para oferecer suporte à família. Equipes do CREAS realizam visitas domiciliares para compreender as vulnerabilidades do núcleo familiar e encaminhar os responsáveis para programas sociais e de inserção no mercado de trabalho.

O diretor de Programas e Projetos da secretaria, Marcelo Arîas, reforçou o papel da sociedade no combate ao trabalho infantil. “Muitas vezes, há um adulto por trás dessas crianças nas ruas, e muitos já são assistidos pelo município. A população precisa entender que, ao dar dinheiro ou comprar desses menores, acaba perpetuando essa realidade. Crianças têm o direito de estudar, brincar e crescer longe do trabalho”, concluiu.

No Brasil, o trabalho infantil é proibido para menores de 14 anos. Além disso, a Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (Lista TIP), instituída pelo Decreto Nº 6.481/2008, relaciona 93 atividades prejudiciais à saúde, segurança e moralidade de crianças e adolescentes.