Na matéria de domingo passado – ainda postada do Site do jornal –, entre as abordagens feitas, observou-se a suposta cobrança de aliados e do PT, que advertiram o presidente Lula da Silva sobre a falta de outros nomes para o pleito de 2026.
Na oportunidade Lula teria argumentado não saber se terá saúde para concorrer à reeleição, lembrando, particularmente, o episódio doméstico no Palácio da Alvorada, que lhe valeu duas intervenções cirúrgicas para tratar uma hemorragia intracraniana.
Ora, sob essa ótica, lembrando que o presidente teria que enfrentar o desgaste da campanha eleitoral no ano que completa 81 e, se eleito, faria 85 anos no final do mandato, tal pressão estaria a exigir um sacrifício de quem há mais de seis décadas vem enfrentando embates seguidos de embates. Logo, um peso sobre seus ombros que, face às circunstâncias, mais que injusto.
|Se for na base do
|“Diga ao povo que fico”,
|então as observações
|feitas não estão valendo
Na matéria de domingo passado – ainda postada do Site do jornal –, entre as abordagens feitas, observou-se a suposta cobrança de aliados e do PT, que advertiram o presidente Lula da Silva sobre a falta de outros nomes para o pleito de 2026.
Na oportunidade Lula teria argumentado não saber se terá saúde para concorrer à reeleição, lembrando, particularmente, o episódio doméstico no Palácio da Alvorada, que lhe valeu duas intervenções cirúrgicas para tratar uma hemorragia intracraniana.
Ora, sob essa ótica, lembrando que o presidente teria que enfrentar o desgaste da campanha eleitoral no ano que completa 81 e, se eleito, faria 85 anos no final do mandato, tal pressão estaria a exigir um sacrifício de quem há mais de seis décadas vem enfrentando embates seguidos de embates. Logo, um peso sobre seus ombros que, face às circunstâncias, mais que injusto.
|Cerveja e picanha, bem como controle
|da inflação e aumento da renda, foram
|promessas que ficaram no palanque.
|Serviram para ganhar a eleição
A preocupação do governo – salta claro – é para com a eleição presidencial de 2026. O projeto político se coloca acima das necessidades básicas da população, acreditando-se, talvez, que o discurso otimista e fantasioso convença, a despeito do contexto geral manifestamente contrário.
Sem rodeios, tudo começa com a política. Se o governo não constrói uma administração coesa, com políticas públicas capacitadas, a incompetência desagua na economia. Neste particular, a política funciona como um condutor – um grande roteiro montado para contar sua história. Mas, se não funciona, é a economia que dá a última palavra. Um país pode passar sem maior solavanco por turbulências políticas. Mas corre grande risco quando a economia não emite sinais favoráveis ou de recuperação.
Mesmo antes da posse, o presidente Lula repetiu inúmeras vezes que o presidente do Banco Central, Campos Neto, não entendia nada de Brasil. Do alto de seus conhecimentos em Economia, não se cansou de afirmar que era preciso colocar dinheiro na mão do povo, “porque aí o dinheiro circulava, as pessoas iriam comprar e a economia passaria a girar” – negando que uma queda brusca nas taxas elevaria a inflação.
Pois bem: Campos Neto seguiu mantendo os juros em patamar prudente e meses depois iniciou uma queda gradual da Selic. Contudo, como o governo não conteve os gastos públicos, precisou voltar com juros mais altos. Ao fim de seu mandato, em dezembro, deixou a Selic 12,25 p.p. Só que no final de janeiro, na primeira reunião sob o comando de Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula, o Copom subiu 1 ponto percentual, elevando a taxa para 13,15%.
Mas, desta vez, não se ouviu protestos do Planalto, bem como da presidente petista, deputada Gleisi Hoffmann, que chegou a chamar Campos Neto de especulador medíocre e que o “presidente bolsonarista do BC produzia “terrorismo econômico”.
Como o País não consegue vencer seu desafio principal – conter os gastos públicos, as despesas – todos os demais setores são afetados. Mesmo com a inflação contida (e longe de estar sob controle, como afirmou Lula) é curioso que justamente os alimentos estejam em alta constante, o que traz angústia à população e, particularmente, aos que votaram em Lula.
Arroz, feijão, carne, ovos, frango e tomate formam a base alimentícia do brasileiro – do brasileiro mais pobre –, do nordestino, enfim, da fatia da população de baixa renda, que apostou na ‘picanha’, elegeu Lula, e agora se vê refém de não poder comer como antes e de não saber como vai ser amanhã.
O presidente propôs uma espécie de boicote aos preços altos, pedindo que a população deixe de consumir dos produtos mais caros e escolha os mais baratos. Simples, né? Ao invés de carne, coma ovo; ao invés de pão, farinha. O café está caro, tome chá. O leite subiu, não compre. É lamentável que decorridos mais de dois anos de mandato, o presidente transfira para a população um problema que não sabe como resolver.
Se amanhã, eventualmente, a tarifa de ônibus ficar ainda mais cara, qual o problema? Vá a pé. Se o aluguel subir, vá morar debaixo da ponte. É triste!