As chuvas causaram transtorno no fim do ano em Campos dos Goytacazes. Na noite do dia 23 de dezembro algumas horas de chuva foram suficientes para alagar vários pontos da cidade. Entre os dias 27 e 29 não foi diferente. Moradores foram às redes sociais com registros de seus bairros debaixo d’água. O verão é um período em que ocorrer chuvas de curta duração e forte intensidade, o que tem preocupado os campistas.
No fim de 2024, o que não faltou foi relato de moradores atingidos pelos alagamentos. A Pelinca foi uma das áreas atingidas. “Em frente ao meu prédio alagou tudo, foi horrível”, conta a advogada Cristiana Macedo.
O publicitário Weydder Almeida ficou “ilhado” no trabalho na Rua Voluntários da Pátria com a Dr. Siqueira na fatídica noite chuvosa. “Sai de lá 1h da manhã naquele dia”, disse Weydder. O comunicador contou que o condomínio onde fica a agência de marketing em que trabalha fez uma barreira de contenção na calçada para amenizar esse problema. “Teve que fazer a contenção porque a água invade o térreo. Tem ainda uma barreira extra que é colocada na portaria e ainda assim entra água. É rápido, basta uma chuva com maior intensidade. E pior que demora a baixar, porque a galeria ali daquela região não dá conta”, lamenta Weydder.
O Jornalismo do J3News entrou em contato com a Prefeitura de Campos para saber qual é a causa das ruas de Campos sempre alagarem e o que é feito para sanar o problema. Por meio de nota, a administração municipal respondeu, no entanto, que as intervenções realizadas nos últimos meses pela Secretaria de Obras e Infraestrutura nas regiões de formação de bacias apresentaram resultados positivos.
“Na região da Pelinca, por exemplo, bem como no Parque Tamandaré, Mercado Municipal e cruzamento da Rua Espírito Santo com Thomaz Coelho (Posto Ilha), antigos pontos críticos, onde há anos ocorriam alagamentos e o sistema de galerias não drenava e exigia a drenagem com uso de caminhões Vac All, após as obras, o sistema de drenagem está funcionando. Antigamente, na região no Posto Ilha, dependendo do volume de chuva, até mesmo a passagem de caminhões ficava comprometida. Agora, toda água é drenada para o cisternão da Rua Rocha Leão, que recebe manutenção permanente, e as novas bombas submersas bombeiam as águas para o Rio Paraíba do Sul por meio de grande adutora subterrânea da Rua Senador Viana”, iniciou a nota.
Grandes volumes de chuva
A Prefeitura continuou a nota dizendo que na situação de grandes volumes de chuva, acrescentado-se o fato de muito lixo descartado irregularmente nas ruas, sendo levado pelas águas para os ralos, há lentidão na drenagem. “E o fato de as galerias serem construídas em região de planície, o declive delas para o Canal do Queimado e para o Canal Campos-Macaé é dimensionado para aduzir determinado volume de água. Nos casos de grandes volumes de chuva, como registrado nesses últimos dias de 2024, superando 50 mm em poucas horas, o sistema leva mais tempo para fazer o escoamento de toda a água acumulada nas regiões de bacias”, relata no texto.
Segundo o Executivo Municipal, a equipe da Patrulha da Chuva tem atuado na área central e nos bairros e permanece de plantão com carros de deslocamento de pessoal e caminhão de serviço com equipamentos, como motobombas para desobstruir e fazer reparos em galerias obstruídas ou danificadas. “A exemplo dos atendimentos na Rua Carlos Lacerda, no Centro, e na Rua Antônio Alves Poubel, no Parque São Caetano”, exemplifica a assessoria do órgão público.
Em caso de emergência na chuva, as pessoas podem acionar a Defesa Civil pelo telefone: 22 98175-2512.