A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, foi anunciada nesta terça-feira (10) como uma das vencedoras do Prêmio Campeões da Terra 2024. A premiação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) homenageia lideranças ambientais em todo o mundo desde 2005.
Guajajara é reconhecida internacionalmente por dezenas de denúncias que já fez à Organização das Nações Unidas (ONU), ao Parlamento Europeu e às Conferências Mundiais do Clima (COP) sobre violações de direitos dos povos indígenas no Brasil. (saiba mais sobre a ministra abaixo)
Neste ano, os ganhadores foram homenageados por “sua liderança excepcional, ações corajosas e soluções sustentáveis para combates a degradação da terra, a seca e a desertificação”.
Além da ministra, foram premiados um defensor do meio ambiente, uma iniciativa de agricultura sustentável, uma defensora dos direitos indígenas, um cientista focado em florestamento e um ecologista.
Inger Andersen, diretora-executiva do PNUMA, afirma que quase 40% das terras do mundo já estão degradas, com o aumento da desertificação e secas muito intensas se tornando cada vez mais regulares.
Quem é Sonia Guajajara
Ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara é uma reconhecida liderança indígena do Maranhão, que ganhou notoriedade pela luta dos direitos dos povos indígenas. É a primeira ministra indígena do país, ocupando o cargo desde 2023.
Em 2022, a ministra foi eleita uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time.
Guajajara se destaca também pelo ativismo ambiental, na linha de frente na luta contra projetos que ameaçam as florestas e os modos de vida dos povos indígenas.
Nascida em 1974 na Terra Indígena Araribóia, no Maranhão, Sônia é do povo Guajajara/Tentehar.
Filha de pais analfabetos, aos 15 anos foi cursar o ensino médio em Minas Gerais. É formada em letras e em enfermagem pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), e fez pós-graduação em Educação Especial.
Em 2009, foi eleita vice-coordenadora da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB). Em 2013, tornou-se coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), onde passou a atuar no movimento indígena em âmbito nacional.
Fonte: G1