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Mercado eleva previsão do PIB para 3,39% em 2024

Expectativa é que Selic chegue a 12% neste ano, segundo Boletim Focus

Economia
Por Redação
9 de dezembro de 2024 - 15h50
Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

O mercado financeiro apresenta expectativas de alta para diversos índices econômicos, conforme o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deverá crescer 3,39% em 2024, superando as previsões anteriores de 3,22% e 3,1% feitas nas semanas passadas. Para os anos seguintes, 2025 e 2026, o mercado estima um crescimento do PIB de 2% em cada ano. O desempenho positivo do PIB no segundo trimestre deste ano, que subiu 1,4% em relação ao primeiro, e 3,3% na comparação com o mesmo período de 2023, impulsionou essa revisão para cima.

Além disso, o boletim aponta que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também deverá ficar mais alta em 2024, com a previsão de um fechamento de 4,84%, acima dos 4,71% apontados na semana anterior. Para 2025 e 2026, as expectativas são de que a inflação permaneça em 4,59% e 4%, respectivamente. Esse aumento nas projeções da inflação acompanha a expectativa de alta da taxa básica de juros, a Selic, que deve subir de 11,75% para 12% no final de 2024.

A alta da Selic impacta diretamente o crédito e pode dificultar a expansão da economia, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. No entanto, os bancos também consideram outros fatores, como o risco de inadimplência, ao definir as taxas de juros cobradas dos consumidores. Por outro lado, a redução da Selic tende a tornar o crédito mais barato, incentivando a produção e o consumo, o que pode estimular a atividade econômica.

Em relação à cotação do dólar, as expectativas do mercado também são de alta. A previsão para o final de 2024 passou de R$ 5,70 para R$ 5,95, e para os anos seguintes, as estimativas indicam que a moeda norte-americana deve ser cotada a R$ 5,77 em 2025 e R$ 5,73 em 2026. Essas projeções refletem o cenário de incertezas econômicas e o impacto das taxas de juros no câmbio.